Houve um homem que teve vergonha de anunciar que seguia Jesus. Seu primeiro contato com o Mestre foi da forma mais discreta possível. Ele não queria que seus colegas de trabalho e vizinhos soubessem de sua admiração por Cristo.
Ele tinha um cargo muito importante em sua cidade, todos o respeitavam, e o grupo social do qual fazia parte rejeitava qualquer tipo de conversa sobre aceitar Jesus e Suas mensagens. Na verdade, o meio ao qual aquele homem pertencia fazia questão de desconstruir as mensagens de Jesus. Para eles, Jesus não passava de um homem comum que deveria ser ignorado.
Existia outro fator que dificultava a vida daquele indivíduo. Ele era muito rico, e suas posses tinham uma ligação muito forte com sua profissão e com o grupo social que ele frequentava. Ter Jesus como senhor da vida implicaria renunciar ao padrão de vida e ao prestígio social. O preço de sua conversão ao cristianismo seria muito alto, e ele não estava certo de que valeria a pena. Essa dúvida se intensificou a partir do dia em que ele teve seu primeiro contato com Cristo. Em uma noite, ele marcou um encontro com o Salvador. Depois daquele encontro, Nicodemos não viveu mais em paz até que resolveu declarar seu amor por Cristo. Na crucifixão de Jesus, ele se apresentou para guardar o corpo do Filho de Deus, mas não parou por aí.
Ellen White descreve um quadro emocionante desse homem: “Depois da ascensão do Senhor, quando os discípulos foram dispersos pela perseguição, Nicodemos tomou ousadamente a frente. Empregou sua fortuna na manutenção da igreja em formação que os judeus esperavam que fosse extinta com a morte de Cristo. No tempo de perigo, aquele que fora tão cauteloso e cheio de receios mostrou-se firme como a rocha, fortalecendo a fé dos discípulos e fornecendo meios para levar avante a obra do evangelho. Foi desprezado e perseguido pelos que haviam mostrado a ele reverência em outros tempos. Tornou-se pobre em bens deste mundo; no entanto, não vacilou na fé que surgira naquela conversa noturna com Jesus” (O Desejado de Todas as Nações, p. 177).
Nicodemos escolheu o que existe de mais valioso na vida e fez de Jesus o Senhor da existência. Como ele, experimente ter Cristo no trono do coração. Assim, você poderá cantar com convicção o refrão de uma conhecida canção cristã: “Jesus é melhor, sim, que ouro e bens.”