Se você já visitou uma fazenda, talvez tenha visto um jugo. É um objeto de madeira utilizado para juntar dois bois. Há outros nomes, como “canga”, “canzil”, “junta” ou “parelha”. A função principal desse instrumento é fazer com que os animais prossigam no mesmo ritmo, facilitando o andar da carroça ou o manuseio do arado.
Na Roma antiga, o jugo era uma espécie de forca. Os inimigos derrotados eram simbolicamente obrigados a passar por baixo do jugo, sendo assim dominados por seus opressores. Daí vem o verbo “subjugar”, que deriva do latim subjugare (“debaixo do jugo”). A palavra, então, assumiu o sentido figurado de obediência, submissão e opressão.
Na Bíblia, o jugo é símbolo de escravidão (Dt 28:48; Gl 5:1). A frequente expressão “estar sob o jugo de” significa estar sob as regras ou domínio de alguém. Em contraposição, remover ou quebrar um jugo significa liberdade. O falso profeta Hananias demonstrou isso ao despedaçar a canga que Jeremias levava ao pescoço, na intenção de dizer que o poder babilônico não oprimiria Israel. Porém, era plano do Senhor que Seu povo fosse para Babilônia. Assim, em vez de jugo de madeira, Deus enviou um “jugo de ferro” (Jr 28:13).
Na época de Jesus, a opressão vinha de várias direções. De um lado, Roma dominava no sentido político e econômico. Do outro lado, líderes religiosos judeus oprimiam o povo com uma religião pesada, legalista e carente de misericórdia. Foi nesse contexto de tirania que Cristo disse as libertadoras palavras: “Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso […]. Pois o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve” (Mt 11:28, 30).
Quando Jesus trabalhou na carpintaria de José, certamente ajudou na confecção e reparo de jugos dos agricultores de Nazaré. Esse mesmo Carpinteiro é capaz de nos dar hoje um jugo que liberta, um fardo leve, que estoura o cativeiro da alma e nos traz paz e descanso. Lance agora seus problemas sobre o amável Salvador. Só Ele conforta aflitos, liberta oprimidos e salva perdidos.