É muito fácil julgar e apontar as faltas dos outros. Por quê? Posso facilmente ver o que os outros estão fazendo de errado e os erros que estão cometendo. Mesmo assim, nem passa pela minha cabeça que cometi aqueles mesmos erros, e talvez não muito tempo atrás.

Recentemente, em um banco local, percebi um motorista que completou sua transação, depois saiu do caixa eletrônico, dirigindo na contramão para economizar tempo. Balancei a cabeça com desgosto, pois como alguém poderia fazer uma coisa dessas e olhei para o cliente próximo a mim para ver se ele concordava comigo. Eu não podia acreditar no que ele havia feito! Naquele momento de incredulidade Deus me lembrou que eu havia feito exatamente a mesma coisa alguns meses antes. Senti-me humilhada, mas percebi o quão facilmente podemos julgar os outros.

A mesma coisa acontece quando falamos sobre alguém, ou fofocamos sobre um colega de trabalho. Pois do mesmo modo que julgo outras pessoas, assim também serei julgada. Sim, isso é algo para se refletir. Você quer dizer que, quando faço alguma fofoca sobre alguém ou espalho boatos, o mesmo acontecerá em relação a mim? Além disso, se eu não julgar, não serei julgada?

Reflexões de instâncias similares de julgamentos me vieram à mente, situações em que eu estava pronta para julgar outros. Agradeço a Deus por Jesus, que intercepta meus pensamentos e me ajuda a ter uma mente de justiça; o Filho de Deus, que me orienta quando estou prestes a dizer alguma coisa que não deveria ser dita.

Agora, quando estou pronta a fazer algum tipo de julgamento, antes que o pensamento se complete, sou repreendida pelo meu Salvador amado, que me lembra da trave que tenho no meu olho. Pois as coisas nem sempre são o que elas parecem ser. E as circunstâncias frequentemente vão muito além do que a visão observa. Além disso, quem sou eu para julgar quem quer que seja?

É somente ao longo da jornada cristã que sou lembrada da graça salvadora de Jesus e de como Ele me vê com um coração tenro e mãos estendidas para me proteger de mim mesma. Agradeço a Deus por Sua graça e misericórdia, pois, sem ambas, eu estaria perdida.

Sylvia Giles Bennett