Sexta-feira
13 de dezembro
Lágrimas de sal
Vocês são o sal da Terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada. Mateus 5:13

Em média, a água do mar tem uma concentração de 3,5% de sal. Tentar matar a sede com ela de nada adianta, pois é preciso uma quantidade extra de água para remover o excesso de sal acumulado no organismo. Nossos rins não estão preparados para absorver tanto sal e o máximo que eles conseguem eliminar é 2,2%. Se um náufrago beber dessa água, o resultado será desidratação e morte.

Como fazem as aves marinhas, que vivem a centenas de quilômetros da terra firme e da água doce? Deus as aparelhou com um filtro capaz de eliminar o sal da água do mar. Todas as aves marinhas – pinguins, gaivotas e albatrozes – têm uma glândula que, além de filtrar, elimina altas concentrações de cloreto de sódio.

A glândula de sal é capaz de eliminar uma solução salina duas vezes mais concentrada que a água do mar. As gaivotas, por exemplo, têm duas, uma no alto da cabeça e outra acima dos olhos. Elas podem comer alimentos muito salgados ou beber a água do mar sem susto. O excesso de sal é expulso pelos canais que ligam a glândula às narinas. Todas as demais substâncias são eliminadas pelos rins das aves. As tartarugas marinhas também têm uma glândula de sal. Nelas, o sal escorre pelo canto do olho, como se fossem lágrimas.

Jesus disse que os Seus discípulos são o sal da Terra. Esse tempero tirado do mar conserva e dá sabor. Mas ele precisa ser misturado ao alimento em doses pequenas. Em excesso, amarga e perde a função de realçar o sabor. Ausente, de que adianta? Quem deu o maior exemplo como sal da Terra foi o próprio Jesus. Ele deixou o Céu e Se fez homem para poder entender totalmente o que significa viver no mundo. Jesus saiu de onde estava e veio até onde estamos.

Para ser o sal é preciso ir. Isolados em nossas torres podemos estar seguros e confortáveis, mas não estamos cumprindo a missão de ajudar o mundo a perceber que Deus ama e perdoa a todos nós, que Jesus pode salvar e que podemos ser felizes. Quando as pessoas percebem que nossa religião nos fez alegres, corteses e amáveis, somos como pequeninas lágrimas de sal que atravessam os canais do amor de Jesus e escorrem mundo afora.