Na pós-modernidade, o ser humano tem interpretado “liberdade” como sendo algo oposto às regras. O irônico slogan “é proibido proibir”, popularizado no mundo em meados da década de 1970, ainda permeia nossa sociedade, conduzindo as pessoas à libertinagem. As palavras de ordem são: “Siga o seu coração, questione tudo, duvide de todos.” De forma muito clara, as pessoas hoje imitam a mesma tendência relativista do povo de Israel na época dos juízes, descrita no verso de hoje.
Na base do relativismo, encontra-se uma ética situacional, que defende a ideia de que a situação em si mesma é que determina o que é certo e errado. Significa que, havendo mudança na situação, muda também o conceito de ética. Cada pessoa pode encontrar dentro de si o critério para julgar suas ações. Essa filosofia sempre aparece sob um disfarce de respeito e amor.
No entanto, essa imaginação de um mundo sem absolutos é uma utopia. Em outras palavras, nenhum lugar funciona sem leis. Já imaginou uma casa, uma escola ou uma cidade sem leis? Já imaginou, por exemplo, as avenidas de São Paulo sem as leis de trânsito? Seria inviável!
Deus criou as leis para a nossa felicidade, proteção e liberdade. A própria Bíblia define a lei de Deus como sendo a “lei da liberdade”, pois nos coloca em uma base segura de amor e harmonia. Tiago 2:11 e 12 diz: “Pois Aquele que disse: ‘Não adulterarás’ também disse: ‘Não matarás’. Se você não comete adultério, mas comete assassinato, torna-se transgressor da lei. Falem e ajam como quem vai ser julgado pela lei da liberdade.”
Veja, então, como é incoerente o conceito de liberdade que muita gente tem por aí. Na verdade, o que querem é que sua vontade seja cumprida e que o resto do mundo lhe seja escravo. Não é o fim das leis que estão pregando, mas a ascensão do egocentrismo. Nisto reside o maior problema: deixar que o “eu” comande a vida. Nesse caso, o que resta é apenas frustração e vazio existencial.
Ao realizar suas atividades neste dia, lembre-se de obedecer à lei de Deus. Ela é perfeita, santa, justa e boa (Sl 19:7; Rm 7:12). Se andar dentro dos limites da vontade do Senhor, você desfrutará da verdadeira liberdade.