Minha infância foi muito alegre, e dela conservo boas lembranças. Minha família sempre aguardava com ansiedade as férias, pois era quando retornávamos para nossa terra natal e nos encontrávamos com nossos avós. Eram reencontros marcados por muitas risadas, momentos de rever tios e primos, brincadeiras sem hora para acabar, troca de presentes, comidinhas gostosas, muito abraço, carinho e amor.
Nossos avós eram pessoas especiais, muito amados por nós, e eles também nos amavam. Cuidavam da gente com muito carinho, nos ensinando a dar importância aos pequenos detalhes da vida e a valorizar todos os momentos em que estávamos juntos: na horta, no pomar, no balanço ouvindo histórias, perto da máquina de costura – recolhendo os pequenos retalhos para uma nova roupinha de boneca – ou quando fazíamos comidinhas de barro e recolhíamos flores para enfeitar a mesa. Também era muito bom ficar perto do fogão a lenha sentindo o cheirinho do pão feito em casa, ajudar a buscar água no poço, saborear o pirulito de caramelo sentados na calçada ou fazer bolachinhas nas forminhas de Natal. Para tudo havia um aprendizado, uma bela lição.
São muitas e boas lembranças, mas agora resta apenas a imensa saudade. Os reencontros diminuíram. Não estamos mais tão perto, e alguns de meus familiares já descansaram. Mas os valores que nos ensinaram continuam a existir em nossa vida.
Não fomos feitos para perder nossos queridos ou ficar longe de quem amamos. Mas, por meio Daquele que nos criou, temos uma boa notícia: a promessa de um lugar perfeito, onde não teremos mais separações ou sofrimento. Lá, poderemos desfrutar eternamente a companhia de nosso Pai e daqueles que são tão importantes para nós. Quero muito estar nesse lugar. Que você também possa sentir esse desejo e conservar a esperança de que este momento logo chegará!
Vivian Cristina Balan Fiuza