Terça-feira
16 de dezembro
Lembrando de Jesus no Natal
Nem se acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto, mas num lugar adequado onde ilumina bem todos os que estão na casa. Mateus 5:15

Todos os anos, quando termino a decoração de Natal, fico extasiada com as luzes e a beleza que me rodeiam. No entanto, não posso deixar de lembrar que o Natal nem sempre foi assim. Quando eu era jovem, a religião estrita tirou Cristo do Natal e reduziu a época a uma única coisa: o inverno.

Quando fiz seis anos, meus pais decidiram nos separar da sociedade, pois acreditavam que o mundo estava prestes a acabar e nos levaram para uma área rural no estado do Tennessee, nos Estados Unidos. Nós vivíamos isolados no topo de uma colina íngreme, sem água encanada, eletricidade ou telefone. Nossa velha casa de madeira não tinha aquecimento, exceto pelos fogões a lenha que sempre se apagavam à noite.

Em uma noite, que ficará para sempre congelada em minha memória, a temperatura caiu para -12 °C lá fora e -17 °C dentro de casa. Acordei de manhã e descobri que meus calcanhares estavam congelados, brancos e duros como bolas de golfe, apesar de dezesseis cobertores e quatro pares de meias grossas.

Olhando para trás, fico espantada porque, embora fôssemos cristãos, não acreditávamos nem mesmo que poderíamos celebrar o Natal. Numa época em que é mais provável que o mundo pense em Jesus, recusávamo-nos a mencionar Seu nascimento. Nós nos concentrávamos nas origens e associações pagãs, esquecendo que Cristo não deixou o Céu para vir para o Céu, mas sim para um mundo muito pecador. E Ele veio para trazer luz e vencer as trevas, assim como minha árvore de Natal com luzinhas suaves sempre me lembra.

Vejo um grande contraste entre o Natal daquela época e o Natal de agora. Naquele tempo, o Natal era isolado, solitário e frio. Agora está lindo, aconchegante e quentinho. Naquela época, em nosso esforço para estarmos certos em todas as facetas de nossa crença, excluímos Cristo. Agora, eu O abraço e me alegro em Seu amor.

Apesar das possíveis preocupações sobre as origens pagãs, quero encorajá-la a aproveitar todas as oportunidades para trazer luz e esperança a este mundo, para falar sobre Jesus e construir memórias calorosas e maravilhosas em sua casa. Não deixe que seus filhos tenham pouco em que pensar quando se trata do Natal – ou da religião – exceto memórias frias, duras ou solitárias. Em vez disso, deixe que suas memórias sejam do calor, da beleza e da luz do amor de Cristo!

Rachel Williams-Smith