Desde que me tornei mãe, Deus tem enriquecido minha vida com uma compreensão singular de Seu amor por mim. Hoje, uma vez mais, Ele me permitiu experimentar uma das minhas mais significativas lições espirituais.
Eu havia tentado falar com minha filha durante a semana toda. Estava muito ansiosa por saber tudo sobre sua nova vida na faculdade. Por um mês, apenas, eu estava provando o significado da síndrome do ninho vazio. Eu lhe enviara e-mails. Nenhuma resposta. Havia telefonado. Ela não estava no dormitório. Gastei, inclusive, uma significativa quantia de dinheiro com um presente que lhe enviei pelo correio. Nem esse gesto de amor provocara uma resposta da parte dela.
Tive a esperança de que hoje seria diferente. Como era domingo, ela não estaria na sala de aula. Achei que pudéssemos conversar por um longo tempo. Ela teria muitas novidades para contar. No entanto, eu estava errada. Liguei para ela, e ela atendeu! Fiquei tão emocionada! Após somente 20 minutos de conversa, quando estávamos em um bom bate-papo, ela disse: “Mamãe, preciso ir. Mesmo. Estou ocupada com um monte de coisas que simplesmente tenho que fazer.” Despedimo-nos e nos desejamos uma boa semana, mas não posso explicar meu desapontamento. Naturalmente, eu não podia forçá-la a falar comigo. Não podia forçá-la a me contar sobre sua vida. Conversar ou não conversar era a decisão dela.
Com tristeza, pensei em quão intensamente meu Pai celestial anseia que eu fale com Ele. E por que não desejaríamos arranjar tempo para conversar, mediante a oração e a leitura de Sua Palavra, com um Pai que supre nossas necessidades – alimento, vestuário, família, amigos, um lugar onde morar, promessas celestiais, tudo? No entanto, quão frequentemente dizemos de modo apressado algumas poucas palavras, que encerramos com um rápido “Eu te amo” e “Amém”. Seu coração deve doer diante da maneira descuidada como lidamos com esse relacionamento, embora Ele permaneça sempre atento, sempre esperando até que, da próxima vez, estejamos “a fim”, ou sintamos a necessidade de falar com Ele. Em Seu amor, Ele nos dá o tempo e o espaço para percebermos nossa necessidade dEle.
Depois de desligar o telefone, chorei bastante. Também tive uma conversa maravilhosa, coração para coração, com meu perfeito e paciente Pai celestial, pedindo perdão pela maneira como parto o Seu coração quando não estou “disponível”. E Lhe dei graças por Seu amor que, mesmo assim, é incondicional.
Eliane Ester Stegmiller Paroschi