Quinta-feira
19 de outubro
Lições da natureza
Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? Mateus 6:26

Certa vez, meu esposo me chamou porque os cães estavam eufóricos no quintal, depois de pegarem algum animalzinho. Quando fui ver o que acontecia, percebi que eles brigavam por um filhote de pássaro que havia caído do ninho. Fiquei triste porque o bichinho já estava muito machucado. Não abria os olhos.

Algumas pessoas disseram: “Ele vai agonizar até a morte”. Outras disseram: “A ave precisa ser sacrificada porque está sofrendo”.

Decidi, porém, cuidar dela. Dei-lhe um remédio, e deixei que descansasse. Mais tarde, ofereci água e a pequena ave aceitou. Notei que os olhos estavam abertos.

Depois de mais um dia, a criaturinha já ensaiava alguns voos dentro de casa, mas eu ainda não podia libertá-la porque não estava forte o suficiente para voar qualquer distância. Em certos momentos, ela voava para longe de mim, seguindo seus instintos naturais.

O que aconteceu com o passarinho ferido me fez refletir sobre o seguinte: Quantas vezes estamos machucados e feridos nas garras do mal, sentindo-nos fracos e impotentes? A resposta é: com frequência. Alguns podem olhar para nossa impotência e dizer: “Não há escapatória. O fim já chegou para você.”

Pessoas ao nosso redor nem sempre parecem se importar com os nossos sofrimentos. Mesmo assim, um Pai de amor deixa tudo para cuidar de nós, de nossas feridas, de nossas cicatrizes. Ele nos sustenta, nos protege e promete que tudo ficará bem.

No entanto, nossos instintos naturais (pecaminosos) nos levam a ser obstinados e ingratos. Queremos virar as costas para Deus. Insistimos em tentar voar para longe, mas não podemos suportar o peso de nossas próprias feridas e fragilidades. Deus, contudo, é muito misericordioso, sempre disposto a cuidar de nós e a carregar nossos fardos.

Nosso amorável Salvador pede uma coisa só – que confiemos em Seu amor e compaixão por nós.

O passarinho não resistiu por muito tempo, porque estava demasiadamente ferido. Deus, porém, nos oferece a oportunidade de sermos curados de nossas feridas e receber dEle vida nova. Qual será a sua resposta?

Tamara Lemes Marins Silva