Certa vez, em uma reunião da igreja com a participação de mais de 50 mil pessoas, um pequeno pacote de dinheiro desapareceu da minha bolsa, possivelmente durante uma transação no horário de almoço, sem que eu percebesse. Eu esperava que ninguém tivesse roubado esses 300 dólares que havia separado para uma emergência inesperada. Em todo caso, o dinheiro havia desaparecido. Sentimentos de culpa e vergonha me abalaram. Como pude perder o dinheiro? Uma sensação de derrota pesava muito em meu coração enquanto eu caminhava para o quarto do hotel, onde logo encontraria meu esposo. Quando me sentei na cama e compartilhei minha perda, os olhos de Jim se arregalaram surpresos. Eu esperava pelo menos uma leve reprimenda ou um sermão severo sobre descuido.
Em vez disso, Jim limpou a garganta e disse:
– É uma perda significativa, mas ainda temos dinheiro suficiente para terminar esta viagem. Além disso, se esta é a pior coisa que nos aconteceu, superaremos logo.
Sua resposta me surpreendeu. No dia seguinte, entendi melhor, enquanto estava em um seminário apresentado pela Dra. Arlene Taylor, especialista em funções cerebrais. Ela explicou a forma como o cérebro de homens e mulheres reagem de modo diferente aos estressores. Também informou como podemos lidar com as perdas estressantes da vida de forma mais eficaz.
– Apenas 20 por cento de qualquer impacto negativo no cérebro e no corpo são devido ao próprio evento – disse ela. – Os 80 por cento restantes têm relação com o que você pensa sobre o evento, o peso e a importância que você atribui a ele. Você pode não conseguir fazer nada sobre os 20 por cento, mas pode fazer quase tudo acerca dos 80 por cento porque você gera suas percepções.
Uau! Peguei uma caneta e um caderno e fiz as contas. Se eu escolher “deixar pra lá” então, psicológica e emocionalmente eu perderia apenas setenta e cinco dólares. Uau! Essa perda não “parecia” tão ruim quanto a quantia maior pela qual eu estava sofrendo. Em seguida, orei para que quem estivesse com o meu dinheiro perdido conseguisse um alívio das necessidades financeiras. Na verdade, pedi a Deus que aceitasse o dinheiro perdido como uma oferta de amor após o ocorrido, como Ele achasse conveniente. Meu fardo de culpa e vergonha se dissipou. Aprendi o segredo de lidar com os 80 por cento!
Experimente você também a paz de Deus. Veja o lado bom e siga em frente!
Carolyn Rathbun Sutton