No momento em que escrevo esta meditação, Usain Bolt, ex-velocista jamaicano, ainda é o detentor do recorde mundial tanto dos 100 quanto dos 200 metros rasos do atletismo. Na prova em que bateu o recorde dos 100 metros rasos, o atleta alcançou uma velocidade de 10,43 metros por segundo, o equivalente a 37 quilômetros por hora. Um dado curioso sobre sua performance é seu tempo de reação.
Em comparação com os demais atletas, o tempo de reação de Usain Bolt na largada é considerado ruim. Por isso, em praticamente todas as corridas, Bolt sempre começa atrás da maioria. Então, se levássemos em conta apenas os primeiros 30 metros de cada corrida, dificilmente acreditaríamos que Bolt seria o vencedor. Contudo, mesmo começando atrás, o atleta terminou 91% das corridas que disputou em primeiro lugar.
Embora ele tenha um tempo de reação ruim, suas passadas explosivas são absurdamente largas. Um corredor amador normalmente dá entre 50 e 55 passos em uma prova de 100 metros rasos. Já um velocista profissional é capaz de dar, em média, 45. Com quase dois metros de altura, Bolt precisa dar apenas 41 passos para alcançar a linha de chegada. Os demais velocistas precisam dar três ou quatro passos a mais para concluir a prova.
A história de Usain Bolt me lembra de que muitas pessoas acreditam que a origem delas, isto é, o ponto de onde começaram a jornada da vida, as impede de alcançar a vitória. Não é certo pensar assim. Independentemente de você ter nascido e crescido no subúrbio ou na zona rural, o que conta é a velocidade que imprime em sua jornada. Não permita que o senso de inferioridade impeça você de avançar com todas as suas forças.
É claro, começar em uma boa posição ajuda muito. Mas isso não é o bastante. A forma como nos portamos durante a jornada é determinante. Por esse motivo, podemos dizer que o fim das coisas é melhor, pois ele não precisa ser igual ao começo: pode ser pior ou melhor.
Se seu início foi difícil, não desanime. Simplesmente corra, tendo em mente que seu principal objetivo é, pela graça de Deus, adentrar os portões da Nova Jerusalém.