A inveja tem uma relação estreita com o sentimento da admiração. É claro que existe admiração verdadeira, mas todos somos vulneráveis à inveja. Deus nos criou com uma disposição imitativa, por isso nos deu bons referenciais. Pela contemplação somos transformados. Entretanto, o pecado distorceu essa característica e, como resultado, nasceu a inveja. Quando invejamos alguém, nos tornamos maldosos e insatisfeitos. Isso dá lugar ao ciúme, à cobiça, rivalidade e agressividade.

Os invejosos não têm necessariamente desvio psicológico identificável e podem viver a vida toda em uma condição de enfermidade mental e espiritual: “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos” (Pv 14:30). Infelizmente, são muitos os problemas sociais decorrentes de decisões tomadas por pessoas invejosas.

Quando somos vítimas da inveja, ficamos enredados em algo maior do que nós, originalmente encontrado no Céu quando Lúcifer, o primeiro invejoso da história, quis estabelecer um trono acima das mais altas nuvens e ser como o Altíssimo (Is 14:12-14). A narrativa bíblica nos revela as consequências terríveis de relacionamentos dominados pela inveja: as irmãs Lia e Raquel viveram como rivais (Gn 30:1); José foi vendido por seus irmãos (Gn 37:12-36); Ana, mãe de Samuel, sofreu com as humilhações de Penina (1Sm 1:6); e Davi sofreu perseguições terríveis devido à inveja de Saul (1Sm 18:1-14).

De fato, o cristão não pode derrotar a inveja sem travar uma luta espiritual. O amor ao próximo e a admiração sincera desprovida de maus sentimentos é o que Deus oferece a todos que O amam acima de todas as coisas. Que seus relacionamentos sejam puros, sinceros e livres de toda inveja! Assim você dará testemunho de que tem andado continuamente com Deus.