Recentemente, alguém me enviou uma montagem de vídeo de quatro minutos de um pôr do sol sobre Los Angeles, seguido de uma vibrante beleza noturna quando todas as brilhantes luzes da cidade se acendem. Uma sequência de quatro segundos na montagem, no entanto, me surpreendeu. Era a vista aérea noturna de uma extensa região composta de ruas iluminadas que se estendiam por quilômetros.

Então, tive uma forte recordação. Fui levada de volta a todas as vezes em que voei para Los Angeles à noite, de onde quer que eu estivesse morando: Oregon, África ou Maryland. Muitas vezes eu voava com bagagem, além da que eu havia colocado no compartimento superior. Bagagem no coração: um espírito pesado, medo, um diagnóstico médico assustador, incertezas sobre algum colega de trabalho ardiloso ou a separação matrimonial. Qualquer que fosse o golpe que a vida tinha me dado, ou estava me dando, antes de qualquer viagem a Los Angeles, eu sabia que “lá embaixo” – em algum lugar naqueles bilhões de luzes da cidade – estava um velho Buick comprado em leilão, com um pai cabeludo dentro indo pegar sua filha a fim de levá-la para… casa! Aquelas luzes noturnas da cidade sempre me garantiram que tudo “ficaria bem de novo” em breve, como papai dizia. Meus batimentos cardíacos dobraram quando faltavam apenas quinze minutos para o pouso.

Você também já sentiu essa taquicardia. Eu sei que já. Na resposta clara a uma oração desesperada ou quando uma palavra de um mentor preocupado sugeriu um novo propósito para seu espírito rebelde. Também pode ter sido no momento em que uma promessa obscura da Bíblia elevou seus pensamentos e sua cabeça. Todos esses foram vislumbres das luzes da cidade. Luzes da Cidade Santa onde habita o Pai celestial que vem voluntariamente a nosso encontro a qualquer momento trazendo ajuda e promessas renovadas. A cada “reencontro” sentimos uma onda de calor no coração, percebendo novamente que nunca estivemos realmente sozinhas. Ele sempre nos amou, esperou, aceitou, perdoou e nos acolheu, não importa o que fizemos ou deixamos de fazer.

Luzes da cidade. Anunciadoras da esperança de que um dia olharemos nos olhos de nosso Pai quando Ele vier para nos levar de volta para casa com Ele, onde tudo realmente “vai ficar bem de novo”.

{ Carolyn Rathbun Sutton }