Meu filho havia se formado na oitava série. Havia alguns anos que tentávamos nos mudar para o estado de Michigan, nos Estados Unidos, onde ele poderia frequentar uma escola cristã. Então, nossa casa foi vendida; era o “sinal verde” pelo qual eu orei, caso devêssemos nos mudar. Na quarta-feira, fechamos a venda de nossa casa e, na sexta-feira, fechamos a compra de nossa nova casa em Michigan. Foi uma correria, mas deu tudo certo. Logo, começamos a receber vários jovens em nossa casa aos sábados (às vezes até trinta), que vinham da faculdade próxima dali, depois da igreja.
Em uma semana, percebi que as meninas e alguns rapazes se ofereciam para me ajudar, enquanto outros preferiam sentar, visitar e relaxar. É claro que não me importei com a ajuda extra, tendo tantas pessoas em nossa casa no sábado. Passamos momentos maravilhosos conhecendo os alunos, sendo que muitos pediam para trazer seus amigos também. Normalmente, comíamos no estilo self-service, pois tínhamos uma grande ilha central na cozinha, onde todos pegavam a comida antes de se sentarem. Eu dizia ao meu marido, Brad, que aquelas reuniões eram uma pequena amostra de como será o Céu. Receber dava muito trabalho. Às vezes, meus meninos reclamavam quando eu pedia a ajuda deles. Mas, depois que todos iam embora, nossa família sempre dizia o quanto tinha sido divertido.
Ao pensar na história de Maria e Marta, fico preocupada com a possibilidade de eu ter sido mais Marta do que Maria. Eu gosto de “agradar as pessoas” e sempre que sou convidada para ir à casa de alguém, procuro ajudar. Mas penso: será que eu teria perdido a oportunidade de me sentar e ouvir Jesus se Ele estivesse me visitando? Seria eu quem reclamaria que não era justo que tanto trabalho e preparação recaíssem sobre meus ombros? Eu consideraria Maria uma pessoa preguiçosa?
Quantas vezes julgamos as pessoas pelo que as vemos fazer ou não fazer – e não entendemos? Jesus sabia que Ele tinha pouco tempo aqui na Terra e Maria sabia que seu tempo com Jesus era tão precioso que se apegou a cada palavra que Ele dizia. Ela havia escolhido “a boa parte”. Ela não estava simplesmente se encontrando com Jesus – ela escolheu ouvi-Lo!
Gyl Moon Bateman