De duas a três vezes ao ano, o martim-pescador procria. Em cada ninhada, a fêmea põe cerca de seis ovos brilhantes e brancos. Eles são postos em um ninho escavado na beira dos barrancos arenosos dos rios. Para proteger os filhotes, o casal constrói ninhos de 50 centímetros a um metro de profundidade, em lugares íngremes e altos. Vinte dias é o tempo de incubação, nos quais o macho também se reveza com a fêmea. Nas horas de folga, ele sai à caça de comida para ela.
Quando os filhotes saem do ovo, os pais trazem larvas de insetos e pequenos peixes. O comportamento deles nessa fase da vida não é visto em nenhum outro pássaro. Eles ficam posicionados na abertura do canal que conduz ao ninho, de modo que apenas um recebe o alimento. Então ele cede o lugar a outro irmão e assim sucessivamente, até que todos estejam alimentados. Ao ler sobre isso, lembrei que o martim-pescador não pensa, nunca foi à escola, jamais leu um livro de boas maneiras ou ouviu um sermão sobre Filipenses 2:4 e 5.
Servir não é comum hoje em dia. As bem-aventuranças invertidas ilustram isso: “Bem-aventurados os rompedores, porque eles vencem o mundo; bem-aventurados os endurecidos, porque nunca deixam que a vida os machuque; bem-aventurados os que se queixam, porque no fim conseguem o que desejam; bem-aventurados os saciados de prazeres, pois nunca se preocupam com seus pecados; bem-aventurados os feitores de
escravos, pois atingem seus objetivos; bem-aventurados os sábios deste mundo, pois sabem se sair bem de tudo; bem-aventurados os perturbadores, porque conseguem ser notados por todo o mundo” (J. B. Phillips).
Esse é o contrário do espírito de Cristo. Ele era Deus, mas viveu como servo sofredor. Podia cavalgar as nuvens do céu, mas deixou-Se levar por um jumentinho sobre a terra. Podia ostentar em sua cabeça uma coroa de esmeraldas e diamantes, mas submeteu-Se a uma coroa de espinhos. Lavou os pés de doze discípulos, quando podia ter o mundo inteiro aos próprios pés. Que o mesmo sentimento que havia em Jesus esteja em você também.