Certo dia, um grupo de teólogos foi à Inglaterra para aprender as técnicas de homilética de alguns dos grandes pregadores que lá viviam. Em um famoso auditório, ouviram o sermão de um pregador bastante conhecido. Ao final, todos disseram: “Que grande pregador! Que oratória! Que inteligência!”
Um dos teólogos se lembrou de que, perto de onde estavam, em breve começaria mais uma pregação. Então o grupo aproveitou a oportunidade e se dirigiu para o outro auditório. Quando chegaram ao local, Charles Haddon Spurgeon já havia começado a pregar. O lugar estava cheio. Ao final do sermão, o grupo saiu reflexivo dizendo: “Que grande Cristo! Que grande salvação! Que grande amor!”
No verso de hoje, o apóstolo Paulo fala de sua responsabilidade como pregador do evangelho, cujo dever é enfatizar a obra e a pessoa de Cristo. Mesmo sendo o portador de uma mensagem grandiosa destinada a todo o mundo, ele diz que não tem do que se orgulhar, pois essa é a sua obrigação. Além disso, ele tem consciência de que também precisa da graça que anuncia.
É comum vermos a divulgação de eventos religiosos cristãos dando destaque a quem vai ocupar os holofotes. A ênfase no carisma e nos talentos individuais coloca em segundo plano o que deveria ser o principal: o evangelho de Cristo. Cuidado! Não faça do púlpito um palco. Isso é um erro! O foco deve estar na mensagem.
Como testemunhas, nosso objetivo é contribuir para que pessoas sejam levadas aos pés do Salvador. Aqueles que nos observam precisam ver em nós apenas os efeitos da graça transformadora que anunciamos em pregações ou louvores. Devemos ser como um simples e discreto prego que ergue diante de todos o grande e belo quadro do evangelho.