Quando era criança, eu frequentemente ia até o porto da minha cidade com minhas amigas de escola, porque os pés de amoras cresciam perto da água. Muitas vezes precisávamos entrar na água para conseguir colher as amoras e, em uma dessas vezes, encontramos uma garrafa boiando com uma mensagem dentro dela. Ficamos empolgadas por conseguir decifrar parte da mensagem: “Se você ainda está vivo, me dê um sinal.” Queríamos responder à carta, mas o nome estava ilegível. Apesar disso, em nossa inocência escrevemos uma carta ao “Prezado Senhor Desconhecido”, colocamos dentro da garrafa e a jogamos de volta no rio. Muitas e muitas vezes, eu fui até aquele lugar procurando a garrafa, mas nunca mais a encontrei.
Uma multidão de pessoas passava pelo cego Bartimeu. Quando ouviu que Jesus estava passando, ele gritou pedindo ajuda. Bartimeu deve ter sido uma pessoa otimista, pois ele não estava contente com sua sorte, mas acreditava no que os transeuntes estavam falando sobre Jesus. Os milagres! Ele devia ser o Messias! Agora Jesus estava passando perto dele, e Bartimeu sentiu a aura de santidade do Filho de Deus. Para que fosse ouvido, ele gritou o mais alto que conseguiu. Não nos encontramos na mesma situação de vez em quando? Somos cegos, desesperados e impotentes. E pensamos: Ah, se alguém me ajudasse com minha cegueira! Às vezes, devemos gritar para que Deus nos escute.
Jesus parou e disse: “Chamem o cego.” E então o inacreditável aconteceu. Jesus perguntou ao cego: “O que você quer que eu lhe faça?” Confiante de que seu maior desejo seria realizado, Bartimeu simplesmente respondeu: “Mestre, que eu possa ver de novo.” Jesus disse a ele: “Vai, a sua fé salvou você.” Imediatamente o cego passou a ver e seguir Jesus pelo caminho.
Você tem um pedido semelhante? Você sabe que, pela fé, Deus não a decepcionará? Ele está pedindo hoje a você: “O que você quer que Eu faça por você?” Deus ouvirá seu pedido, e você conseguirá ver como Ele conduz sua vida. Da mesma forma, podemos ajudar umas às outras. “Posso fazer algo por você? Se você precisa de encorajamento, alguém para lhe ouvir, um ombro para chorar ou um braço para lhe abraçar, ou simplesmente alguém para ficar perto de você, por favor me dê um sinal”.
Silke Donat