Ir ao ginecologista nunca foi algo confortável para mim. Com o casamento marcado, no entanto, entendi que eu precisaria procurar um médico para decidir qual método anticoncepcional usar e, principalmente, para ver como estava minha saúde. Aproximadamente três meses do casamento, fui me consultar com uma especialista, e ela me solicitou alguns exames.
Para meu assombro, ao realizar uma ultrassonografia, o profissional me disse que meu útero estava tomado por miomas. Saí da sala e fiz contato com um amigo que é médico. Enviei-lhe as fotos dos exames, e ele me ligou imediatamente para dizer que meu útero deveria estar condenado pelo número de miomas encontrados nele. Aquele amigo me deu duas sugestões: retirar o útero ou tomar um medicamento que custava cerca de mil reais, e não oferecia nenhuma garantia de que faria efeito.
Conversei a sós com Deus e expus minha situação. Queria saber quais seriam os planos Dele para mim e como me ajudaria a decidir o que fazer. Fui a outro especialista, e ele me deu uma terceira opção: fazer uma cirurgia para retirar alguns miomas, pelo menos os maiores. A partir de então, eu tinha três opções e precisava muito da ajuda do Senhor para fazer a escolha correta.
Em um domingo, pedi a Deus que me enviasse a resposta que confortaria meu coração, se possível por meu celular. Eu recebia diariamente os vídeos do Lições da Bíblia, e, naquele dia, a mensagem havia sido sobre a promessa de Deus feita a Abraão em Gênesis 15, a qual dizia que ele seria pai de uma grande nação. Aquela mensagem acalmou meu coração com a certeza de que Deus estava cuidando de tudo.
Decidi não retirar o útero e passar pela cirurgia. Após mais um exame, a cirurgia foi marcada. Foram retirados dois miomas de meu útero, um do tamanho de uma manga e outro do tamanho de uma laranja. Quarenta dias depois, eu me casei e já estava praticamente recuperada.
Meu caso ainda não está totalmente resolvido, pois os médicos ainda não sabem o que farão comigo, pois ainda há mais de uma dezena de miomas em meu útero. Independentemente disso, tenho a certeza de uma coisa: se o Senhor me curar, continuará sendo meu Deus; mas, se o Senhor decidir não fazê-lo, ainda assim Ele continuará sendo meu Deus. O mais importante é crer e confiar no Senhor!
Marisa Pereira de Souza Schultz