As diversas profecias do Antigo Testamento sobre o Messias podem ser classificadas em dois grupos: aquelas que apresentavam um Messias humilde e sofredor (Sl 22; Is 53) e aquelas que se referiam a Ele como um rei e conquistador (Sl 2; 72; 110). Com a luz que temos hoje, especialmente nos escritos do Novo Testamento, sabemos que essas profecias se referem, respectivamente, à primeira e segunda vindas de Cristo. Porém, os contemporâneos de Cristo não tinham essa compreensão. Eles desconsideraram as profecias que apresentam o Messias sofredor e se concentraram naquelas que O apresentam como rei vitorioso. Para eles, o Messias viria uma vez, na forma de um conquistador e rei.
Quando Cristo começou Seu ministério, muitos, até mesmo os 12 discípulos, esperavam um Messias que encabeçasse uma revolução, expulsasse os romanos, assumisse a posição de rei e, com o tempo, fosse conquistando as nações, uma a uma. Enfim, esperavam um reino terrestre. Por essa razão, quando Jesus veio de modo humilde, não O receberam. O evangelho relata que Ele “veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam” (Jo 1:11).
Mediante a atuação do Espírito, com o correr do tempo, os discípulos e outros passaram a entender as Escrituras e a perceber que em Jesus as antigas profecias encontravam cumprimento perfeito. O profeta Daniel havia escrito sobre a época em que o Messias – o Ungido – estaria entre a humanidade (Dn 9:24-27), e essa foi a época em que Ele veio. Miqueias havia indicado o local de Seu nascimento: Belém, em Judá (Mq 5:2). Foi ali que Ele nasceu. O profeta Isaías havia predito que Seu ministério seria de pregação, cura e libertação (Is 61:1). Foi exatamente isso que Ele fez.
Então, aqueles que passaram a crer receberam o direito de serem feitos filhos de Deus (Jo 1:12). Hoje, nós também cremos em Jesus como o Messias. Por isso, pertencemos à família de Deus. Ele virá para reinar. Aguardemos com alegria e esperança Seu retorno.