Quarta-feira
18 de maio
Meu pai adotivo
Assim, você já não é mais escravo, porém filho; e, sendo filho, também é herdeiro por Deus. Gálatas 4:7

Imagine a filha do faraó ao ver o bebê Moisés entre os juncos. Ela não tinha medo dos traços que ele havia herdado ou que tipo de criança ela estava adotando. Sua etnia não influenciou negativamente, e ela não se importou com o que as pessoas pudessem pensar. A filha do faraó não poderia imaginar que um dia o menino mataria um egípcio, falaria pessoalmente com Deus, e lideraria vitoriosamente uma nação estrangeira à Terra Prometida. Ela simplesmente viu um bebê inocente cuja vida ela podia salvar, alguém que precisava do amor e carinho que ela estava disposta e queria dar.

A ideia de adotar começou cedo em minha vida. Reconheci que eu tinha um coração cheio de amor para dar, e eu sabia que em algum lugar havia uma criança que poderia usufruir esse amor. Eu tinha 40 anos de idade quando decidi que havia chegado o momento de encontrar aquela criança, e o Senhor me conduziu a um bebê de oito meses de idade. Nele, vi uma das joias preciosas de Deus cujo futuro eu poderia ajudar a moldar, dando-lhe um ambiente apropriado, uma boa educação e instigando nele atitudes e valores adequados.

Ao longo dos últimos 25 anos, tenho me admirado de como algumas pessoas me falam sobre suas opiniões negativas a respeito de adoção. Por outro lado, tenho amigos que aceitaram minha decisão e me oferecem bastante apoio. Meu filho se adaptou facilmente à minha família, que o ama e o aceita sem reservas. Já enfrentamos dificuldades, mas frequentemente dou graças a Deus pelos meus problemas quando vejo os de algumas famílias biológicas. Como a filha do faraó, eu não faço ideia do que o futuro reserva ao meu filho, mas o entrego diariamente ao Senhor, que guia e protege filhos adotivos e biológicos igualmente, e eu o amo incondicionalmente.

Fico imensamente feliz ao pensar que, quando meu Pai celestial decidiu me adotar, Ele não ficou preocupado sobre os genes dos meus pais biológicos. Ele nunca me julgou com base nos resultados de Suas outras adoções. Eu não tenho menos direito a uma herança conquanto escolha herdá-la.

Às vezes tenho desrespeitado o Senhor no que diz quanto às Suas regras. Tenho me rebelado contra Suas orientações, e tirado notas baixas por não estudar Sua Palavra como eu deveria. Isso não soa como nossos filhos, tanto biológicos como adotivos?

Cecelia Grant