Para mim, meu pai foi um herói. Ele me ajudou a moldar a minha vida. Meus pais foram missionários na Indochina Francesa, aprendendo francês e depois vietnamita. Lá eles fundaram uma escola, e foi também onde nasci. Algumas das memórias favoritas do meu pai eram daqueles anos, então ouvíamos suas histórias e víamos as fotos. Anos mais tarde tivemos a bênção de visitar o Vietnã com meu pai. Lá conhecemos pessoas incríveis.
Em seguida, meu pai foi para o Haiti, onde ele foi professor em uma faculdade. Aqueles anos fazem parte de algumas de minhas primeiras memórias. Depois que meu pai se aposentou, ele retornou ao Haiti por dois anos para ajudar as pessoas que ele amava.
Crescemos sempre cantando músicas de missão durante nossos cultos semanais. Ao ler histórias de missionários, aprendíamos que a vida de missão é algo desejável, que qualquer trabalho que fazíamos era para o Senhor, e que estávamos comprometidos com o trabalho de Deus.
Meu pai dedicava tempo para nós aos sábados. Às vezes íamos a uma igreja que estava sendo estabelecida, à praia, às montanhas ou a um parque. Se não tivéssemos chegado em casa quando dava a hora do pôr do sol, ele parava o carro na beira da estrada e cantávamos um hino e orávamos antes de continuar nosso trajeto. Seu objetivo era sempre viver e servir no campo da missão, mas isso acabou não acontecendo. Minha mãe e meu pai se divorciaram, e depois que meu pai conseguiu nossa guarda, ele se casou novamente. Ele havia planejado ser um administrador no campo de missão, mas desistiu disso quando fomos morar com ele. Que sacrifício!
Meu pai foi professor em várias faculdades e escolas cristãs de ensino médio. Ele foi diretor de duas delas e presidente da faculdade da igreja em Porto Rico. Durante o ensino médio, todos os anos eu tinha alguma disciplina com meu pai. Ele me dava bons conselhos, e eu sabia que sempre podia contar com ele. Meu pai ficou extremamente orgulhoso quando me casei com um pastor e passei a trabalhar para o Senhor.
Pensei que meu pai viveria até chegar aos 100 anos de idade, mas Deus tinha outros planos para ele e permitiu que ele descansasse em 2011. Um dia, em breve, estaremos juntos novamente. Não haverá mais oceanos separando ele de seus amigos, familiares e do Deus que ele tanto amou. Vamos planejar estar lá também.
Louise Driver