Anos atrás, eu queria um vestido de seda, mas não tinha dinheiro para comprar o tecido. Algum tempo depois, comprei um tecido macio, brilhante e cinza-prateado para confeccionar o lindo vestido que usei no meu casamento. Parecia uma segunda pele no meu corpo – elegante, leve e muito bonito! Era um vestido apenas para ocasiões especiais. Sendo assim, eu o usei poucas vezes e o lavei uma ou duas vezes. Um dia, decidi usá-lo na festa de casamento de uma grande amiga. Tirei o vestido de seda do armário para vesti-lo. Mas não consegui fechá-lo. Prendi a respiração, encolhi a barriga e pedi para meu esposo lutar com o zíper. O vestido não me servia mais e tive que me desfazer dele. O vestido não mudou de tamanho, mas eu sim. Foi doloroso ter que doá-lo – um fim triste para a história do meu vestido de seda.
É comum, não é mesmo? A mesa que mantemos apenas para ocasiões especiais. O diário que nunca é lido. A visita que adiamos até que seja tarde demais. Ou sofremos com o passado, tememos o futuro e esquecemos de viver e desfrutar o presente. O que guardamos pode perder o valor ao longo do tempo. Então, no início deste novo ano, precisamos pensar sobre o significado da palavra agora.
“Este momento é o tempo marcado”. Os israelitas tiveram que decidir se voltariam para o que eles conheciam e não gostavam ou se seguiriam rumo ao desconhecido. E eles precisaram decidir naquele momento.
Em João 12:3 a 9 lemos a história de Maria Madalena, que no passado se sentiu suja, abusada, rejeitada e indigna. Mas ela fez o que o coração, impressionado pelo Espírito de Deus, disse a ela para fazer naquele momento – ungir os pés de Jesus com um perfume caro. Embora criticada pelos homens, ela entregou aquele momento a Jesus. Aquele momento foi o tempo dela – e também foi o tempo Dele para devolver a ela o valor dado por Deus.
Nós, mulheres, podemos fazer coisas que os homens não podem; os homens podem fazer coisas que as mulheres não conseguem. Reconheçamos o nosso verdadeiro valor dado por Deus e façamos o que Ele nos pede para fazer. Mudemos os hábitos agora. Não esperemos até que o vestido não sirva mais ou até que seja tarde demais para aquela visita. Não esperemos até que o casamento esteja em pedaços. Não esperemos até esquecer o que gostamos – ou até nos perdermos. Sejamos sal e luz! Lembremos o passado e enumeremos as bênçãos presentes. Sejamos corajosas. Agora!
Denise Hochstrasser