Mais de 200 mulheres estavam encarceradas em apenas quatro dormitórios. Um buraco com barras no topo da parede permitia a entrada de um pouco de luz e ar. As mulheres dormiam em colchões finos no chão de concreto, cada uma delas com um cobertor cinza. A porta era trancada à noite, e as mulheres precisavam chamar através de um buraco pequeno na parede de fora se ficassem doentes ou precisassem de ajuda. Em um berçário na parte central do complexo, os bebês dormiam à noite. Eles ficariam lá até que completassem quatro anos de idade e depois seriam levados para um orfanato ou para a avó cuidar.
Eu estava lá com uma equipe de enfermeiras e voluntárias para compartilhar mensagens de esperança e conduzir uma clínica médica. Cantamos e oramos, e depois eu preguei para elas. Senti-me totalmente inadequada, mas Deus me impressionou a dizer para elas que nada, absolutamente nada, pode nos separar do amor de Deus. Muitas das mulheres eram cristãs e precisavam ser lembradas dessa verdade maravilhosa.
No dia seguinte, consegui passar um tempo com as mulheres enquanto as enfermeiras faziam seu ministério médico. A maioria delas era inocente, mas haviam sido condenadas a longos períodos na prisão. As razões para seu aprisionamento variavam bastante, e meu coração ficou despedaçado ao ouvir suas tristes histórias. Sua fome por alimento espiritual e liberdade era evidente. Elas cantaram, dançaram e oraram fervorosamente quando músicas cristãs alegres e orações lhes foram apresentadas. Acredito que Deus ouviu e aceitou a adoração delas.
Quantas outras mulheres na África, no mundo, convivem com a injustiça e não têm liberdade? Quantas poderiam ser libertas se alguns advogados generosos viessem e defendessem a causa delas? Quantas mais seriam abençoadas por uma visita de alguém que se importasse? Quantas dirão um dia a Jesus: “Quando vimos Você na prisão e visitamos Você?” E quantas ouvirão: “Em verdade lhes digo que, sempre que o fizeram a [uma destas Minhas filhas queridas], foi a Mim que o fizeram”? (Mt 25:40).
Faço essas perguntas todos os dias.
Joy Butler