Sábado
21 de outubro
Misericórdia na viagem – Parte 2
Porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão. Tiago 5:11

Sentar-me no banco de trás do carro da polícia foi uma experiência nova para mim. Enquanto esperávamos pelo reboque, por mais que estivesse agradecida pelo abrigo da chuva, sentia-me inquieta. Havia um plástico cobrindo o assento todo até o chão. Também tinha grades nas janelas e não havia nenhum puxador de porta. Para não correr riscos, mantive a porta ligeiramente aberta enquanto o policial gentilmente me questionava sobre como cheguei à ferrovia às 4h45. Quando expliquei que estava seguindo as instruções do GPS para o aeroporto e que eu pensei ter entrado em uma rua, ele perguntou se eu tinha “festejado” a noite toda. Respondi que eu não bebia e que tinha participado de uma convenção religiosa. Educadamente, mas desconfiado, ele pediu para ver minha carteira de motorista. Felizmente, ele não me multou.

Conforme esperávamos, expressei minha preocupação de que um trem pudesse vir e bater no carro alugado (pelo qual eu teria que pagar). Então, o policial disse que todos os trens daquela linha tinham sido parados.

Não sei se foi por estar levemente chocada, ou por me sentir constrangida por ter causado uma situação tão bizarra que estava afetando tantas pessoas, mas eu me vi conversando sem parar com o policial.

– Seu parceiro no outro carro não tem que esperar conosco. Tenho certeza de que ele está livre para cuidar de outros assuntos policiais.

O policial respondeu calmamente: – Nós ficamos juntos.

Sem me deter, perguntei o nome do policial, disse-lhe que oraria por ele e afirmei que o departamento de polícia da sua cidade era muito bom.

Após vinte longos minutos, o reboque chegou e puxou meu carro para fora da ferrovia, colocando-o na rua. O motorista pareceu ter ficado com pena de mim, por isso testou o carro, declarando-o dirigível. Que alívio! Então ele me deu instruções sobre onde devolver o carro alugado. Depois de agradecer novamente ao policial por sua gentileza, segui caminho, chegando à loja de carros alugados bem a tempo de pegar o transporte de volta para o aeroporto.

No aeroporto, Deus, que tem prazer em demonstrar compaixão para com Seus filhos, teve misericórdia de mim mais uma vez. Embora eu já tivesse desistido de pegar meu voo, descobri, quando cheguei ao portão, que meu avião ainda não havia partido! Enquanto corria para o avião, sem fôlego e descabelada, fiquei encantada mais uma vez com a maravilhosa graça de Deus – mesmo quando cometemos erros.

{ Carla Baker }