Sou casada há 10 anos e, durante esse tempo, já nos mudamos sete vezes. (Enquanto escrevo este devocional estou na iminência da oitava mudança). Confesso que não gosto de mudanças. Todas aquelas caixas de papelão me dão agonia. E, quando precisamos de algo, a procura se torna quase impossível.

Antes de me tornar mãe, de certa forma as mudanças eram mais fáceis. Mas, depois, tudo ficou um pouco pior no sentido de que tenho que ter domínio (ou pelo menos tentar) de onde estão as coisas, principalmente as que são necessárias para o uso das crianças.

Durante essas sete mudanças, passei por várias situações e pude perceber que o Senhor Deus queria me ensinar uma grande lição, porque às vezes colocamos muitas expectativas em coisas terrenas e não almejamos as celestiais.

Na última mudança, percorremos cerca de 600 quilômetros. Confesso que estava com esperança de encontrar naquela cidade o que tanto buscava: uma casa ideal. Qual não foi a minha decepção ao constatar que não conseguiria.

Decidi conversar com o Senhor. Perguntei-Lhe o porquê. Sua serva não merecia ser atendida em seus pedidos?

Uma voz suave e tranquila falou aos meus ouvidos: “Tenha calma. Se não conseguir o que quer aqui na Terra, está sendo preparado para você o que há de melhor, com carinho e muito amor. A vida aqui é muito curta para você se preocupar em demasia com isso. Você terá os seus desejos atendidos, filha. Eu Me preocupo com você, nem que isso venha só com a eternidade.”

Então o Espírito Santo me fez lembrar deste verso muito conhecido da Escritura Sagrada: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também” (Jo 14:1-3, ARA).

Estou esperando, Senhor! Esperando o Teu abraço! Esperando minha morada!

Fabíola Crepaldi Gondin Vaz