Terça-feira
18 de janeiro
Motivos secundários
Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Gálatas 1:10

Conta-se que certo rei recebeu um convidado e decidiu mostrar-lhe os jardins do palácio. O homem ficou encantado com o primeiro jardim. Era impressionante! O rei então o conduziu ao segundo. Era ainda mais bonito. O visitante foi levado ao terceiro, o mais magnífico e que superava todos os demais. “Não entendo”, ele comentou desconcertado. “Por que três jardins? E por que o terceiro se destaca?” Satisfeito, o rei lhe respondeu: “Quem cuida do primeiro são meus escravos. Eles trabalham dia e noite para deixá-lo em boas condições. O segundo é mantido por trabalhadores assalariados, daí ser ainda mais bonito que o primeiro.” Curioso, o visitante perguntou: “Quem, então, cuida do terceiro?” O rei respondeu: “São voluntários, gente a quem eu perdoei por delitos que haviam cometido. Por gratidão, eles o cultivam e o mantêm sempre viçoso e belo.”

Assim como os escravos do rei, algumas pessoas fazem o que fazem porque se sentem obrigadas. São reféns das circunstâncias e estão sujeitas a condições desanimadoras. Agem de modo automático, sem interesse de dar o melhor de si. Outros, porém, sentem-se livres, fazendo o que é esperado; nada mais do que isso. Respeitam as regras e procuram comportar-se bem, mas agem assim por pura conveniência, ou seja, visando às recompensas imediatas que receberão.

Finalmente, os trabalhadores do terceiro jardim, de modo espontâneo, representam pessoas que decidem agir com base na gratidão. Não ficam na teoria. Não têm medo de se expor. Não poupam esforços. Cruzam a fronteira do próprio ego e vão além: praticam a mesma generosidade com a qual foram abençoadas.

Ao lidar com os desafios de hoje, lembre-se de que aquilo que o impulsiona a agir deve fluir das convicções mais profundas nutridas na Palavra de Deus. Tudo o mais é secundário, incluindo o medo de represálias e o desejo de se dar bem. Especialmente quando for trabalhar na causa do Senhor, olhe para dentro de si e pergunte quais são suas principais motivações. Defina bem as prioridades. Coloque cada coisa em seu devido lugar, usando os critérios do Céu, pois, mais cedo ou mais tarde, os motivos de seu coração serão revelados pelas circunstâncias ou então o próprio Deus os trará a público.