Ela nasceu no interior do estado e foi vítima de abuso na infância. Ainda criança, atuou como babá. Foi cozinheira, mas passava fome. Trabalhava muito, mas o salário era pouco. Um dia, mudou-se para a cidade grande. Lá cuidava de mansões, mas ela mesma não tinha casa própria. Em toda sua vida, nunca conheceu o sucesso. Sua experiência foi de injustiças e humilhação.
Essa é a dura realidade de muitos. Há muitas iniciativas positivas para a redução das injustiças por meio da aprovação de leis e também pela atuação social voluntária. Entretanto, apesar de muitos esforços e discussões sobre o tema, a palavra “justiça” ainda parece distante de nós.
A injustiça não é um assunto ignorado no Antigo Testamento. “Não oprimam nem roubem o seu próximo. Não retenham até a manhã do dia seguinte o pagamento de um diarista. Não amaldiçoem o surdo nem ponham pedra de tropeço à frente do cego, mas tema o seu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19:13, 14). “[O justo] não oprime a ninguém, antes, devolve o que tomou como garantia num empréstimo. Não comete roubos, antes, dá a sua comida aos famintos e fornece roupas para os despidos. Ele não empresta visando a lucro nem cobra juros. Ele retém a sua mão para não cometer erro e julga com justiça entre dois homens” (Ez 18:7, 8).
No Novo Testamento, a vida de Cristo denunciava a hipocrisia, a iniquidade e a injustiça. Ele revelou o caráter de um Deus puro e justo. Além disso, trouxe esperança de salvação à humanidade: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9). Se você sente na pele as injustiças do mundo e, ao mesmo tempo, se considera injusto, a boa-nova é a de que, transformados pela graça de Deus, um dia viveremos em uma sociedade perfeita, onde a justiça e a paz reinarão eternamente.