Caminhei até a caixa de correio com o coração pesado. Esse seria o primeiro Natal sem meus pais. Meu pai havia falecido três anos antes e minha mãe havia acabado de falecer. Era início de dezembro e eu pensava em como o Natal seria diferente sem meus pais. Não haveria biscoitos caseiros, nem stollen (pão natalino alemão). Não haveria presentes atenciosos comprados pelos meus pais para os meus filhos. Na véspera de Natal, não haveria nenhuma passagem lida pelo meu pai sobre o nascimento de Cristo. Não haveria nenhum livro devocional feminino dado à minha irmã e a mim pela minha mãe, o que aconteceu todos os anos da minha vida adulta.
Uma grande tristeza tomou conta de mim quando me aproximei da caixa de correio. Estranhamente, na caixa de correio havia uma caixa de uma editora. Eu não havia encomendado nada daquela editora, então me perguntei por que havia uma caixa deles. Sentei-me nos degraus da frente da minha casa enquanto abria a caixa. Ali dentro, encontrei a Meditação da Mulher de 2018. Minha mente disparou. Minha mãe estava com a saúde muito debilitada antes de falecer, então não havia como ela ter encomendado o livro antes de falecer. Abri o bilhete anexado ao livro. Ele dizia: “Aqui está o seu exemplar de autora da Meditação da Mulher de 2018. Obrigado por compartilhar suas histórias.”
Meus olhos se encheram de lágrimas de agradecimento. Eu havia me esquecido de que havia enviado dois textos três anos antes. O livro devocional feminino veio no mo- mento em que eu mais precisava. Na véspera de Natal, dei de presente o meu exemplar de autora para a minha irmã enquanto contava para ela a história do livro. Seus olhos se encheram de lágrimas quando ela me agradeceu pelo melhor presente de Natal que já havia recebido. No livro havia uma meditação intitulada “O Amor Permanece”. Eu a escrevi após a morte do meu pai. Foi escrita em ação de graças pelo amor que meus pais sempre demonstraram à nossa família e aos outros e ao amor que Deus continua a demonstrar. Agora, aquele era um lembrete para mim mais uma vez, após o falecimento da minha mãe, de que, embora alguns de nossos entes queridos não percorram mais o caminho conosco na Terra, nosso Pai celestial ainda caminha conosco todos os dias.
Beatrice Tauber Prior