Zoologicamente, as formigas fazem parte da família dos formicídeos. Calcula-se que existam mais de 7.500 espécies descritas e classificadas. O corpo da formiga tem quatro segmentos distintos: cabeça, tórax, pecíolo e abdômen. O pecíolo é a parte anterior do abdômen. As mandíbulas, bem na frente da cabeça, têm muitas utilidades: serram, cortam, furam e beliscam. Só não servem para comer. Para isso, as formigas usam uma bomba aspiradora de líquidos.
Elas têm dois olhos laterais e três ocelos (olhinhos pequenos na testa). Mas há formigas cegas. Apesar disso, as antenas nunca faltam, pois é por meio delas que sentem o cheiro das coisas e se orientam. As patas são usadas também para limpar o corpo, como se fosse uma escova.
O que também não falta nas formigas é estômago. Elas têm três. Um deles chama-se “cesta da comunidade”. A comida que entra nesse estômago não é aproveitada. Uma válvula impede isso. A saída é alimentar outras formigas pela regurgitação. Em algumas espécies, esse estômago fica tão dilatado que elas mal conseguem andar. Dependuradas no teto do formigueiro, esperam que outras formigas venham se alimentar. Algumas morrem nessa posição.
O número de formigas em um formigueiro varia muito. Algumas colônias têm apenas uma dúzia de obreiras. Mas os grandes sauveiros podem ter centenas de milhares. Em geral, acredita-se que um formigueiro tenha em torno de 150 mil a 200 mil insetos. Um biólogo chamado E. A. Andrews calculou que uma colônia de formigas na Jamaica tinha 630 mil habitantes. Desses, nove décimos eram operárias responsáveis por várias funções: soldados, carregadores, lixeiros, serviçais da rainha e coveiros.
A característica das formigas que mais chamou a atenção de Agur, autor do texto bíblico de hoje, foi o agir no tempo certo. Ao contrário delas, muitas vezes só fazemos as coisas quando somos pressionados pelo tempo. Assim perdemos a oportunidade de cumprir nossas tarefas na hora certa. É verdade que ao estar quase esgotado, o tempo exerce uma pressão psicológica sobre nós, mas não custa nada tentar fazer as coisas como a formiguinha, sem atropelos e sem correria. Isso é bom no trabalho, em casa e em qualquer situação. Na igreja, especialmente, tudo o que fizermos para Deus deve ser planejado e feito com capricho.