Terça-feira
06 de fevereiro
Não mais dor
Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. [...]Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. Apocalipse 21:1, 4

Todo ser humano luta com a intenção de alcançar objetivos: comprar uma casa, obter um bom emprego, adquirir um carro, estudar em um bom colégio. É para alcançar metas que muitas pessoas trabalham constantemente, quase sem descansar. Infelizmente, num piscar de olhos, tudo pode ser destruído. Testemunhei essa realidade ao meu redor. Tenho visto evidências disso no noticiário, quando pessoas, com dor e sofrimento, perdem tudo – de modo especial nas inundações.

Depois de cinco dias de chuva ininterrupta, Pernambuco estava em estado de alerta. As reportagens televisivas mostravam a força tremenda da água após tantos dias de chuva pesada. Várias cidades foram afetadas, e milhares de pessoas lamentavam a perda de seus parentes e de suas posses.

Dentro de pouco tempo, os membros das igrejas do nosso distrito começaram a ajudar outros que haviam sido adversamente afetados. Fomos de rua em rua pedir alimento, vestuário, água, colchões, roupa de cama e outros artigos essenciais.

Alguns dias depois, fomos às cidades mais próximas para entregar as doações. O que vimos era chocante! Casas haviam sido varridas pela água da enchente. As que ainda permaneciam estavam cheias com o mesmo barro que cobria as ruas. Os sobreviventes se apinhavam em escolas e abrigos. Muitos haviam perdido tudo, com exceção da própria vida. Alguns choravam porque haviam trabalhado muito para oferecer boas condições de vida a seus familiares e a si mesmos. Agora, as águas da inundação haviam tirado tudo o que era deles.

Orei por aquelas pessoas, perguntando a mim mesma o que poderia compartilhar que lhes trouxesse conforto. Deus me fez lembrar de Sua promessa segundo a qual, um dia, Ele acabará com todo sofrimento e dor. Orei para que Deus suprisse cada necessidade e consolasse os aflitos. Ele, certamente, estava dizendo: “Meus filhos, tenham um pouco de paciência. Eu estou aqui. Aguardem um pouco mais. Vocês estarão comigo para sempre, num lugar onde não mais haverá choro, sofrimento ou dor!”

Que essas palavras a confortem.

Carmem Virgínia dos Santos Paulo