Domingo
19 de setembro
Não quero fazer uma troca com Deus
“Pois os Meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os Meus caminhos”, declara o SENHOR. Isaías 55:8

Naquele sábado, fui ao púlpito participar dos momentos de intercessão. Minha amiga Rose e seu marido receberiam as orações da igreja. Há algum tempo ela recebeu o diagnóstico de uma disfunção orgânica sem cura.

Antes da oração, contendo a comoção, Rose pegou o microfone e disse à congregação que sentia paz. O que mais desejava era que o Espírito Santo continuasse sobre ela. Então nos surpreendeu com as seguintes palavras: “Não quero fazer uma troca com Deus para receber mais alguns anos de vida. Se não vier a cura, já recebi a Sua paz. E tenho a certeza da vida eterna!”

Que grande demonstração de fé naquilo que Deus é, independentemente do desfecho temporário das coisas!

Infelizmente, hoje muitas pessoas estão em busca de Deus apenas para receber aquilo que desejam, e não para O conhecer realmente, para se submeterem aos Seus planos, serem transformadas e aguardarem o Céu. Dão grande ênfase a sinais, curas, milagres, etc., direcionando seu louvor e admiração não para Cristo, Sua pessoa e obra, mas para curas, milagres e sinais.

Barganhar com Deus exclui o relacionamento pessoal entre Ele e os seres humanos, pois Deus é soberano. A cada pessoa cabe apenas submeter-se completamente a Ele.

Simão, o mago, ofereceu dinheiro a Pedro e a João em troca do Espírito Santo. Desprovido de entendimento, considerou essa dádiva apenas uma demonstração de poder sobrenatural, útil para sua ocupação. Pedro o repreendeu duramente.

O substantivo “Simão” deu origem à palavra “simonia”, que corresponde à tentativa de comercializar coisas sagradas, incluindo venda de coisas relacionadas a questões divinas.

Deus concede Suas bênçãos, única e exclusivamente, porque nos ama e quer aprofundar Seu relacionamento conosco e nos salvar. Entretanto, falsos mestres dizem que devemos determinar a Deus o que queremos, divinizando o homem com um discurso evangélico e contrariando o verdadeiro ensino de que nós é que devemos nos submeter à Sua vontade.

Devemos amar a Cristo, independentemente das circunstâncias. Quando Ele responder como gostaríamos e quando Ele disser não, devemos dar-Lhe glória. Aceitemos Sua misericórdia, graça e soberana vontade, as quais nos levarão ao Céu.