Quarta-feira
02 de março
Não vá embora com raiva
Vivam em paz uns com os outros. 1 Tessalonicenses 5:13

Uma questão controversa havia deixado nossa congregação chateada. Com a esperança de que falar sobre o assunto levaria a uma melhor compreensão do problema, os líderes da igreja marcaram um “momento para desabafo” para permitir que todos expressassem sua opinião. Mas poucos dos membros foram cuidadosos em se expressar. Frustrações já fervilhando acabaram em erupções. Todos acabaram ouvindo o que não queriam!

Ao fim da reunião, muitas pessoas estavam furiosas e sentiam-se mal compreendidas — até atacadas — e muitas até saíram antes que a reunião tivesse acabado. Estavam muito longe do padrão que 1 Pedro 3:8 e 9 recomenda: “Tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes. Não paguem mal com mal, nem ofensa com ofensa.”

Eu não saí, ao contrário, fiquei lá bufando de raiva até que explodi verbalmente atingindo um irmão que listou vários versos bíblicos que ele achava que estavam sendo ignorados.

Na manhã seguinte fui constrangida pelo Espírito Santo, pois o fato de me sentir atacada não era justificativa para meu comportamento. Eu não era mais parecida com Jesus do que os outros! Mais importante ainda, eu não queria fazer do irmão em Cristo um inimigo. Confessei tudo a Deus e perdi perdão ao homem que eu havia ofendido e aos outros que inadvertidamente foram envolvidos na discussão.

Contudo, sentimentos de ira simplesmente não se dissipam por si mesmos. Se não lidarmos com esses sentimentos, o que acontecerá quando encontrarmos nosso “oponente” durante os momentos de adoração ou em algum evento da igreja? Talvez nos cumprimentemos de modo civilizado, mas provavelmente não será de modo afetuoso. Se passos não forem tomados na direção de uma reconciliação, raiva e ressentimento continuarão se enraizando dentro de nós. Palavras que provavelmente cada um precisa ouvir continuam não pronunciadas e não consideradas.

É importante saber o ponto de vista daqueles com os quais nós discordamos e vice-versa. Pode ser que irmãos em Cristo nunca concordem em alguns aspectos, mas nosso objetivo deve ser conhecer uns aos outros o suficiente para respeitar uns aos outros e, com a ajuda de Deus, sentir amor genuíno uns pelos outros como deve acontecer entre irmãos e irmãs em Cristo. Esta é a paz verdadeira e a unidade à qual Deus nos chama.

Dolores Klinsky Walker