Sexta-feira
16 de outubro
Nas mãos do Senhor
A minha alma apega-se a Ti; a Tua mão direita me sustém. Salmo 63:8

Eu sempre quis ter um parto normal, mas tinha muito medo. Trabalhei com crianças portadoras de paralisia cerebral e ouvia as mães relatando que a deficiência havia ocorrido devido a complicações durante o parto. Então, quando engravidei pela primeira
vez, apeguei-me ao fato de que o último osso de minha coluna havia sido fraturado na infância e, por isso, eu teria que fazer uma cesariana.

Como minha médica concordou, conformei-me com a ideia de que não teria parto normal. Na segunda gravidez, foi a mesma coisa. No entanto, quando engravidei pela terceira vez, aquele desejo de ter a experiência de um parto normal foi crescendo, e eu disse à minha médica que gostaria de tentar. Ela, porém, disse que o parto normal seria muito arriscado, uma vez que eu já havia passado por duas cesarianas. Meu útero poderia se romper com as contrações, o que poderia oferecer risco de morte para mim e para o bebê. Fiquei desapontada, mas entreguei o caso para Deus em oração.

Na última consulta antes de meu filho nascer, minha médica avisou que naquele fim de semana estaria viajando, mas que, se eu sentisse as contrações, deveria ir rapidamente para o hospital, pois outro médico faria a cesariana. E foi justamente quando ela estava longe que entrei em trabalho de parto.

Chegando ao hospital, disse ao médico que estava de plantão que minha dilatação era rápida e que ele precisava fazer logo a cesariana. Mas ele não acreditou e esperou demais. Quando se deu conta, a cabeça do meu menino já estava quase saindo! Então o médico anunciou para a equipe: “Não dá mais tempo! Será um parto normal!”

Naquele momento, lembrei-me do que os médicos haviam falado, isto é, sobre o risco de meu filho e eu morrermos. Fiquei angustiada e com medo, mas logo uma voz falou ao meu coração: “Calma, filha, você está em Minhas mãos. Não será como os homens querem, mas como Eu quero.” Um sentimento de paz e alegria muito grande me invadiu. Eu estava realizada por poder fazer força e participar ativamente do parto, apesar daquela dor imensa. Foi emocionante ter meu bebê nos braços alguns minutos depois. Senti que estávamos nas mãos do Senhor.

Se quiser, você também pode experimentar a paz e a tranquilidade de estar nos braços do Senhor. Afinal, Ele estende a mão para salvar a cada ser humano. O que você acha de se apegar ao Senhor e deixar que a destra poderosa Dele guie e sustente sua vida?

Débora Tatiane Martins Borges