Imagine uma sociedade em que o dinheiro não existisse. Inacreditável? Nem tanto. Essa era a realidade dos indígenas que habitavam nosso território quando os portugueses chegaram. Mesmo sem moeda, foram travadas negociações comerciais entre os colonizadores e os índios.
Agindo com esperteza, os portugueses ofereciam uma série de bugigangas sem valor para os nativos, que trabalhavam cortando árvores de pau-brasil e as transportavam para os navios. Em troca, recebiam coisas como apitos, espelhos e chocalhos. Na história, esse fato é conhecido como escambo.
Na Bíblia, a conversa de Jesus com o jovem rico lembra uma negociação comercial sem dinheiro: “Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no Céu. Depois venha e me siga” (Mateus 19:21).
Nessa espécie de escambo, Jesus ofereceu a vida eterna e pediu em troca que o rapaz abrisse mão de sua riqueza. Foi aí que o negócio travou. Estava claro para o jovem que o Senhor não pretendia levar nenhuma vantagem material, mas o peso de perder seu tesouro foi demais para ele.
Na matemática do apóstolo Paulo, o Céu é muito mais valioso do que qualquer riqueza humana: “No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não têm nenhum valor. […] Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e estar unido com Ele” (Filipenses 3:7-9). Falando sobre as lutas e o sofrimento que tinha que enfrentar por amor a Jesus, ele acrescenta: “Por isso nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia. E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento” (2 Coríntios 4:16, 17).
Depois de uma visão sobre o Céu, Ellen White disse: “Tentamos lembrar nossas maiores provações, mas pareciam muito pequenas em comparação com o ‘eterno peso de glória, acima de toda comparação’ (2 Coríntios 4:17) que nos rodeava, que nada pudemos dizer-lhes, e todos exclamamos – ‘Aleluia! É muito fácil chegar ao Céu!’” (Vida e Ensinos, p. 61).
Nada é mais valioso que o Céu! Por isso, troque hoje as bugigangas do pecado pelos tesouros da vida eterna!