O Monte Everest, a mais alta e mais cobiçada montanha do planeta, ficou maior. Sua altura oficial aceita desde 1954 era 8.848 metros, mas sofisticados aparelhos de medição constataram uma diferença, para mais, de dois metros. Além de ter crescido, o Everest “anda”. A cada ano ele se desloca seis centímetros no sentido nordeste. Esse avanço tem a ver, dizem os geólogos, com uma falha nas placas tectônicas que empurram a Índia em direção ao Nepal e à China.
Em 1924, dois alpinistas ingleses, George Mallory e Andrew Irvine deixaram seu acampamento, a 500 metros do topo do Everest, para fazer a última etapa da escalada que os levaria ao teto do mundo. Os dois alpinistas sumiram na neblina e nunca mais foram vistos, até o dia primeiro de maio de 1999, quando o corpo congelado de um deles, George, foi descoberto por montanhistas, a 8.327 metros de altitude. As montanhas fascinam algumas pessoas. Para conquistá-las, escalam paredões verticais e atravessam abismos sob tempestades de neve; dormem como aranhas suspensas em cabos a 500 ou mil metros de altura. Uma corda que se solta, uma avalanche ou um escorregão podem significar o fim da aventura e da própria vida.
O K2, no Paquistão, tem o mais alto grau de perigo e verticalidade, com 8.611 metros. O Aconcágua, nos Andes, o maior das Américas, tem 6.959 metros. O Kilimanjaro, o gigante da Tanzânia, tem 5.891 metros e é o monte isolado mais alto do mundo. Com seu topo congelado a 20 graus, ele vive solitário no meio da savana africana.
O texto de hoje é uma pergunta para alpinistas: “Quem poderá subir o monte do Senhor?” “Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura por deuses falsos” (Salmo 24:4).
Para muitas pessoas, o monte do Senhor é alto demais. Pensam que Deus é exigente e que não vale a pena se esforçar por algo que não se pode ver agora. Os alpinistas carregam toneladas de cordas, grampos, e tubos de oxigênio. A conquista do monte do Senhor é a conquista de nós mesmos, e o equipamento é a graça de Deus.
Ninguém sabe ainda se George Mallory e seu amigo Andrew Irvine chegaram ao topo do Everest, mas na última vez que foram vistos com vida, eles estavam escalando a montanha. Com Jesus chegaremos muito além do teto do mundo, muito além do Monte Everest.