A Majestade do Céu, enquanto empenhada em Seu ministério terrestre, orava muito a Seu Pai. Frequentemente, ficava de joelhos a noite toda em oração. Seu espírito ficava frequentemente entristecido ao ver a ação dos poderes das trevas no mundo. Então deixava a movimentada cidade e a barulhenta multidão, para buscar um lugar sossegado em que pudesse fazer Suas intercessões. O Monte das Oliveiras era o recanto favorito do Filho de Deus para suas devoções. Muitas vezes depois que a multidão o deixava para o retiro da noite, Ele não descansava, embora estivesse exausto com os esforços do dia. No evangelho de João, lemos: “E cada um foi para sua casa. Jesus, entretanto, foi para o Monte das Oliveiras” (Jo 7:53; 8:1). Enquanto a cidade estava envolta em silêncio, e os discípulos haviam retornado a seus lares a fim de obter refrigério no sono, Jesus não dormia. Suas divinas súplicas subiam do Monte das Oliveiras a Seu Pai, para que os Seus discípulos pudessem ser guardados das más influências que diariamente os assediavam no mundo, e que Sua alma fosse fortalecida e reforçada para os deveres e provas do dia seguinte. Toda a noite, enquanto Seus seguidores estavam dormindo, o divino Mestre estava orando. A geada e o orvalho da noite caíam sobre Sua cabeça curvada em oração. Seu exemplo foi deixado para Seus seguidores.
A Majestade do Céu, enquanto ocupada em Sua missão, estava frequentemente em fervorosa oração. Nem sempre Se dirigia ao Olivete, pois seus discípulos conheciam-Lhe o retiro favorito e O seguiam. Ele escolhia o silêncio da noite, quando não haveria interrupção. Jesus curava os enfermos e ressuscitava os mortos. Ele próprio era uma fonte de bênção e força. Ordenava às tempestades, e elas Lhe obedeciam. Não Se contaminava com a corrupção, era um estranho ao pecado; contudo, orava, e isso muitas vezes com forte clamor e lágrimas. Ele orava por Seus discípulos e por Si mesmo, assim Se identificando com nossas necessidades, com nossas fraquezas e falhas, tão comuns à humanidade. Era um poderoso solicitador, não possuindo as paixões de nossa natureza humana caída, mas rodeado das mesmas enfermidades, tentado em todos os pontos como nós o somos. Jesus suportou sofrimentos que requeriam ajuda e sustento da parte de Seu Pai (Testemunhos Para a Igreja, vol. 2, p. 508, 509).