Sexta-feira
16 de junho
Nossas piores inimigas
Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos Dele recebemos, porque guardamos os Seus mandamentos e fazemos diante Dele o que Lhe é agradável. 1 João 3:21, 22

O que está acontecendo com o rosto do bebê? O rosto da minha filhinha estava inflamado, com escamas e fissuras. Observei que a inflamação começava nos ombros e ia até o topo da cabeça. Ela tinha uma condição conhecida como crosta láctea. Nenhuma das minhas misturas para tratamentos estava funcionando. Agora, na sexta-feira de manhã, a doença havia piorado muito. E, no dia seguinte, seria a dedicação dela na igreja! Será que meus amigos vão pensar que isso é resultado de alguma negligência minha?, pensei. Devemos adiar a dedicação?

Quando falei das minhas preocupações ao meu marido, ele disse:

– Vamos esperar um pouco mais. – Essa resposta vinha das suas reflexões sobre os episódios ameaçadores que passei na gravidez, que mostravam um parto prematuro, o que, de fato, aconteceu. Mas tivemos nosso bebê. O que meu marido estava me dizendo era: “Seja grata porque a temos conosco, em vez de focalizar na doença dela agora.”

A fim de me acalmar, nós levamos nossa filha ao médico naquele mesmo dia. O assistente do médico nos contou que o filho dele também tinha tido crosta láctea. Quando ele teve, a família estava prestes a fazer um ensaio fotográfico. Os membros da família trocavam de posição para ver se conseguiam esconder a doença o máximo possível. Aquela história era exatamente o que eu precisava ouvir. Tive certeza de que minha filhinha ficaria bem, e saímos de lá com a prescrição de um remédio que a curaria.

A dedicação da nossa filha foi linda. Ao contrário do que eu pensava, ninguém da minha família ou amigos me culpou pela doença da minha filha. Muitos também haviam lidado com a crosta láctea e tinham vários conselhos. Uma pessoa até compartilhou um tratamento comigo. Fiquei feliz por não ter adiado o evento. Estava preocupada em ser condenada, mas sem razão.

Deus também não nos condena. Em vez disso, Ele deseja nos apoiar e ajudar. Veja o que Ellen White escreveu: “Não somos entregues a nós mesmos, a combater o combate contra o próprio eu e nossa natureza pecaminosa em nossas forças finitas. Jesus é poderoso ajudador, apoio infalível. Ninguém precisa falhar ou ficar desanimado quando foram tomadas tão amplas providências em nosso favor” (Nossa Alta Vocação, p. 182).

{ Shevonne Dyer-Phillips }