Quarta-feira
28 de outubro
Novo relacionamento
Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Isaías 40:29

Minha vida sempre foi uma correria. Além de trabalhar como enfermeira, tinha que dar conta das atividades domésticas e dedicar tempo ao marido e a uma filha adolescente. Também estava à frente de diversos ministérios da igreja.

Eu tinha o hábito de exagerar nos doces e beber muita água. Certo dia, senti uma forte dor de cabeça. Tomei um analgésico, porém a dor se intensificou, e eu não consegui mais ficar em pé. Meu irmão e meu esposo me levaram às pressas ao pronto-socorro, onde fui medicada e sedada.

Pela manhã, o médico que estava de plantão me encaminhou para um neurologista. Este, sem solicitar exame algum, disse que eu tinha um câncer no cérebro e devia ser operada imediatamente! Meu esposo, meu irmão e eu saímos apavorados do consultório. Eles me levaram novamente para o pronto-socorro, e eu fui medicada com morfina intravenosa.

No dia seguinte, consultei um neurocirurgião. Ele solicitou diversos exames. Após realizá-los, foi constatado que eu havia tido um AVC hemorrágico por ruptura de artéria, devido ao aumento da pressão intracraniana e à alta súbita de glicose, cujo índice foi a quase 600! Sim, eu estava diabética.

Comecei o tratamento prescrito, mas a dor de cabeça não cedia; ao contrário, ela se tornava cada vez mais forte. Fiquei quase três meses acamada. Minha irmã me levou para a casa dela e cuidou de mim carinhosamente. Eu não andava, não falava, não comia e não enxergava; porém, nunca perdi a consciência. Em determinado dia, pedi a Deus que Ele tirasse minha vida, pois não queria viver dependendo de outras pessoas. Contudo, exatamente no dia seguinte, acordei enxergando. Que incrível! Era como se tivessem caído escamas de meus olhos. Orei a Deus e pedi perdão por minha falta de fé. Isso ocorreu em março de 2013.

Hoje, minha única sequela foi a perda de parte da visão periférica. Segundo minha oftalmologista, a melhora foi de 80%. Minha vida retornou à normalidade. Voltei a dirigir, tocar piano, desenhar e pintar. Meu relacionamento com Deus mudou consideravelmente depois daquele evento. Nada é mais importante do que minha comunhão diária com o Pai. Sempre que me convidam para pregar, dou meu testemunho: “Não recebi um milagre do Senhor; Eu sou o próprio milagre!”

Para Deus, verdadeiramente não há impossível. Ele me fortaleceu e me deu vigor quando eu estava cansada e não tinha mais forças. Tenha fé, e Ele fará o mesmo por você!

Isabel Maria de Santana Riquieri