Quarta-feira
05 de abril
O ABRAÇO DE DEUS
Naquele tempo Eu ajuntarei vocês; naquele tempo os trarei para casa. Eu lhes darei honra e louvor entre todos os povos da Terra, quando Eu restaurar a sua sorte diante dos seus próprios olhos. Sofonias 3:20

O sol estava nascendo quando saí de carro com minha família para uma apresentação com o quarteto Arautos do Rei. Aquele seria um dia especial, pois faríamos a programação junto com o pastor Alejandro Bullón, um grande pregador da Palavra. 

Durante o percurso, meus filhos ficaram impacientes. Miguel, o primogênito, começou a brincar com a letra de algumas músicas, usando palavras indevidas. Fiquei nervoso na hora. Pelo menos umas cinco vezes falei para ele parar. Mas, infelizmente, as chances esgotaram. Então, eu disse: “Quando chegarmos lá, papai terá que corrigir você!” O clima mudou e ninguém falou mais nada. 

Quando chegamos à igreja, chamei Miguel num canto e disse: “Papai ama muito você, mas o que você fez está errado.” Com lágrimas nos olhos, apliquei uma disciplina bem objetiva. Não foi fácil, mas foi preciso. Naquele culto, cantei com o coração apertado. 

Após a apresentação, percebi que a situação havia se normalizado, e o melhor, os nossos abraços ficaram mais apertados e o amor ainda mais forte. Depois daquele dia, Miguel nunca mais repetiu aquela atitude errada. 

O verso de hoje é uma declaração de amor de Deus aos filhos que erram. Ela foi extraída de Sofonias, um dos livros “esquecidos” da Bíblia. O nome Sofonias significa “o Senhor abrigou”. O profeta era trineto do rei Ezequias e exerceu o ministério profético durante o período de reforma espiritual promovida pelo rei Josias, entre os anos 640 e 609 a.C. 

Naquela época, Judá havia se afastado do Senhor e estava envolvido em crescente idolatria. Sofonias, então, foi comissionado por Deus para anunciar o “dia do Senhor”, no qual Ele executaria juízo sobre a Terra. Caso Judá atendesse ao convite da graça, certamente encontraria abrigo nos braços do Pai, Aquele que é “poderoso para salvar” (Sf 3:17). 

Embora Judá tenha ido para o cativeiro babilônico, um remanescente aprendeu a lição e retornou para casa. Deus, então, o recebeu com todo o amor. É exatamente isso o que Deus faz conosco também. Ele recebe pecadores arrependidos e os abriga em Seus carinhosos braços.