Olhando para Seus discípulos com amor divino e a mais terna compaixão, Cristo disse: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado Nele” (Jo 13:31). Judas havia deixado o cenáculo, e Cristo estava só com os outros onze. Estava para lhes falar que, em breve, Se separaria deles. Entretanto, antes de fazer isso, salientou o grande objetivo de Sua missão, que Ele mantinha sempre diante de Si. Sua recompensa era que toda a Sua humilhação e sofrimento glorificassem o nome de Seu Pai. Para essa ideia, Ele encaminhou primeiramente os pensamentos dos discípulos.
Então, dirigindo-Se a eles com a carinhosa expressão “filhinhos”, disse: “Ainda por um pouco estou com vocês. Vocês vão Me procurar, mas o que Eu disse aos judeus também agora digo a vocês: para onde Eu vou vocês não podem ir” (v. 33).
Os discípulos não conseguiam se alegrar ouvindo isso. Sentiram grande temor. Aproximaram-se mais e ficaram bem perto, em torno de Jesus. Seu Amo e Senhor, seu amado Mestre e Amigo, era para eles mais precioso do que a própria vida. Haviam se dirigido a Ele para buscar auxílio em todas as suas dificuldades e conforto em suas tristezas e decepções. E agora Ele ia deixá-los, Seu solitário e dependente grupo! O coração deles se encheu de pressentimentos sombrios.
No entanto, as palavras que o Salvador lhes disse foram cheias de esperança. Ele sabia que seriam atacados pelo inimigo e que as armadilhas de Satanás são mais bem-sucedidas contra aqueles que estão desanimados pelas dificuldades. Por isso, dirigiu a mente deles das “coisas que se veem” para as “que não se veem” (2Co 4:18). Fez com que voltassem os pensamentos do exílio terrestre para o lar celestial (O Desejado de Todas as Nações, p. 533 [662]).
PARA REFLETIR: Se Jesus está construindo uma mansão na esperança de passar a eternidade com você, que traços de caráter você está desenvolvendo, pela graça de Deus, em seu preparo para a eternidade?