Ao estabelecer as bases da igreja, Jesus chamou doze homens para serem Seus discípulos mais chegados. Com esse número, confirmou que Seus planos não haviam mudado, apenas Seus representantes. Originalmente, Deus estabeleceu 12 patriarcas, que depois se organizaram em 12 tribos. Ao escolher os 12 apóstolos, Ele deixou claro que seguia buscando salvar o mundo por meio de Seus representantes.
Antes dessa escolha, porém, passou a noite orando para nos dar o exemplo de que, antes de uma grande decisão, é preciso gastar um grande tempo em oração. Mesmo que Seus escolhidos parecessem não ser os melhores, Ele chamou, aceitou e amou cada um. Veja alguns deles:
Filipe. Ouviu a pregação de João Batista, mas tinha dúvidas sobre a divindade de Cristo. Conseguia ver o Filho de Deus apenas como “Jesus, o Nazareno, filho de José” (Jo 1:45).
João. Era conhecido como “filho do trovão” por ter um temperamento forte. Além disso, ele e o irmão, Tiago, eram ambiciosos.
Pedro. Era sincero em sua busca, mas muito impulsivo. Falava e agia sem pensar e criou muitas situações difíceis por isso.
Judas. Ofereceu-se para ser discípulo. Jesus o aceitou. Apesar de conhecer a ganância dele, Jesus lhe deu as mesmas oportunidades.
Por que Jesus escolheu homens tão falhos como esses? Segundo Ellen White, “Cristo não escolheu, para Seus representantes entre os homens, anjos que nunca pecaram, mas seres humanos, homens semelhantes em paixões àqueles a quem buscavam salvar” (O Desejado de Todas as Nações, p. 296). Ao escolher cada um dos apóstolos, Jesus pensava em nós. Ele os escolheu para nos dizer: “Eu chamei, aceitei e amei os doze porque quero fazer o mesmo com você.”
Os discípulos foram transformados quando entregaram completamente a vida a Cristo. João deixou de ser o “filho do trovão” e passou a ser “o discípulo amado”. Pedro se entregou no caminho do Calvário, quando o olhar de Jesus o encontrou. Filipe se entregou antes do Pentecostes. Judas, porém, nunca se entregou completamente. Mesmo tendo sido aceito no grupo dos discípulos acabou perdido. E você? Já entregou completamente sua vida a Cristo?