Terça-feira
12 de dezembro
O conforto dos meus filhos
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. Tiago 1:17

Meus três filhos estão crescidos. Todos acima dos 30 anos; são maduros, razoavelmente independentes e autônomos. Recordo-me de seus dias como bebês, tempo no qual exigiam cuidado total, atendendo seu choro no meio da noite, alimentando-os, trocando fraldas. Os dias pareciam infindáveis enquanto eram pequenos; depois veio a escola fundamental e, por fim, os anos do ensino médio. Certamente lutávamos com as finanças, regras e as consequências de más decisões. Também desfrutávamos suas experiências de crescimento, como andar de skate, ir a parques de diversões e férias de verão.

Depois, um a um, foram para a universidade. Tive receio de passar pela proverbial “síndrome do ninho vazio”, lamentando minha perda enquanto eles experimentavam mais e mais autonomia. Certamente senti a falta de cada um, e chorava um bocado depois de deixá-los em seu novo dormitório no campus. Contudo, meu retorno para casa se enchia, também, de alegria e orgulho pelo progresso deles.

Essas mudanças, talvez, se tornavam mais fáceis porque, à medida que eles cresciam, nosso relacionamento crescia também. Sim, essa é a alegria. Certamente eles não precisam de mim para cuidar das coisas de que eles precisavam durante sua fase juvenil, mas assim mesmo precisam de mim. Eles precisam contar suas experiências, tirar algumas ideias da minha cabeça e (ai de mim!) ainda precisam de recursos.

Ah, sim, eu preciso deles também. Aprecio suas perspectivas, desejo receber aprovação e reconhecimento, e me realizo com o amor que nutrem por mim e a confiança que em mim depositam. Minha alegria maior, talvez, seja o fato de que telefonam com frequência, simplesmente para orar comigo. Querem que eu os acompanhe enquanto se dirigem com fervor ao trono da graça. Essa necessidade, essa atividade, essa conexão é o meu maior conforto.

Minha relação com meus filhos me faz lembrar do meu relacionamento com meu Pai celestial. Espero estar crescendo na graça. No entanto, enquanto cresço, continuo necessitando dEle. Preciso de Sua direção, intervenção, correção e de Seu constante amor.

A Bíblia diz que Deus deseja que eu O glorifique (Is 42:12). Esse é o meu relacionamento com Ele. Saber que sou Sua filha me conforta, assim como exercer minha maternidade conforta meus filhos.

Senhor, graças Te dou por todas as Tuas dádivas – especialmente pela dádiva do nosso relacionamento. Amém.

Elizabeth Darby Watson