O convite foi caloroso e tentador, e, em qualquer outra situação, eu teria ficado empolgada para passar uma tarde com amigos, mas naquele dia em particular, eu não me sentia assim. Algumas semanas antes, eu havia feito uma cirurgia complicada do coração, e meu maior desejo era ficar deitada em casa sem preocupação alguma. Minha amiga provavelmente suspeitasse disso, pois ela não me pressionou: “Não tem problema se você não vier”, ela disse.
Então não fui ao almoço. Fiquei em casa relaxando, feliz por não precisar me preocupar com expectativas e pressões dos outros. No dia seguinte, minha mente se voltou ao convite e à conversa que se seguiu. Comecei a pensar que, se minha amiga não tivesse me dito que não tinha problema caso eu não fosse, provavelmente, eu tivesse me esforçado para ir, mesmo que eu não estivesse disposta a fazê-lo. Não pude deixar de pensar sobre o convite de Deus a nós. Deus nos convida a ter um relacionamento com Ele. Deus não nos obriga a aceitar, mas Ele deixa claro que é extremamente importante para Ele se aceitamos ou não.
Sabemos que nossa resposta é importante, pois Seu Filho foi voluntariamente para a cruz, dando Sua vida para que fosse possível aceitarmos Seu convite. Deus nos ama tanto que Se faz vulnerável à rejeição para que possamos viver com Ele para sempre. Deus sabe que nossa tendência natural é continuar em pecado, mas nos ama demais para permitir que vivamos inconsequentemente sem preocupação com a nossa salvação.
Faz parte da natureza humana se proteger da dor e da rejeição, mas vulnerabilidade é essencial para alcançar a verdadeira intimidade. Em nosso relacionamento com Deus e uns com os outros, é aceitável ser vulnerável. Quando somos importantes uns para os outros, é aceitável admitir isso. Talvez se Deus não tivesse feito tanto para nos mostrar o quanto Ele nos ama, Seu convite não seria tão maravilhosamente atrativo para nós. Deus nos convida a nos unirmos a Ele, e realmente Se importa se aceitamos ou não. Deus nos ama com amor eterno. O Céu não será o mesmo sem você e eu.
Beverly P. Gordon