Segunda-feira
18 de junho
O despertar
Ele, com júbilo, verá a face de Deus. Jó 33:26, ARA

Descobri um nódulo na mama no fim da adolescência. O médico disse que parecia ser um tumor benigno, e que devíamos observá-lo por algum tempo. Certo dia, a mama começou a doer, e voltei ao médico. O exame revelou que o pequeno nódulo havia crescido de modo significativo nos poucos meses desde meu exame anual. Ele me mandou diretamente do seu consultório para o hospital e marcou a cirurgia para a manhã seguinte.

Naquela manhã, quando a enfermeira me acordou, fiquei assustada porque eu sabia que, se o tumor que crescera de repente tivesse se tornado canceroso, o médico removeria a mama. Às 6h30, a enfermeira me aplicou uma injeção. “Para você relaxar”, disse ela. “Não vamos anestesiá-la até pouco antes de ir para a sala de cirurgia, às sete horas.” Mas o tempo não passava nunca até que voltassem para me anestesiar. A enfermeira se aproximou, e lhe perguntei: “Que horas são?”

Ela riu e disse que era tal hora – que não registrei em minha mente nublada. Então, como se ela estivesse falando com outra pessoa, eu a ouvi dizer: “Ela está saindo agora da anestesia. Está perguntando pelas horas toda vez que venho vê-la, nesta última meia hora. A cirurgia foi bem. O tumor não era canceroso.”

Abri os olhos para ver com quem ela estava falando. Ali, olhando para mim com amor nos olhos, estava meu pai. Ele havia pedido licença do trabalho para estar comigo quando eu acordasse da minha aterrorizante cirurgia! Agora, mais de cinquenta anos depois, penso com frequência naquele momento confortante, quando abri os olhos e vi meu amoroso pai sorrindo para mim na sala de recuperação.

Nem todas nós estaremos vivas quando Cristo retornar. Algumas de nós encontraremos nosso anjo da guarda conosco, ao nos erguermos da tumba, assim como a enfermeira estava comigo na sala de recuperação. E, ao olharmos para cima, veremos nosso Salvador, sorrindo para nós de modo tranquilizador e amoroso. É-nos dito: “Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15:51, 52). Se formos fiéis, mas não estivermos entre os vivos quando Cristo retornar, os anjos saudarão todos os que passarem pela primeira ressurreição. Ah, que alegria!

Darlenejoan McKibbin Rhine