E u estava no consultório do meu médico esperando para receber o resultado do teste que eu havia feito na semana anterior. Fazia quase duas semanas que eu havia perdido minha voz e estava ansiosa para ouvir o veredito. Depois do que pareceu ser muito tempo, o médico me chamou e, com um olhar que somente médicos e professores dão quando estamos com problemas, disse:

— Você precisará descansar a voz por três semanas.

Por ser uma pessoa bastante ativa, fiquei imaginando o que eu faria nas próximas três longas semanas sendo muda. Enquanto eu voltava do consultório médico, tentei ver o lado positivo. Bem, vou conseguir atualizar minhas leituras que estão pendentes, pensei.

Comecei a ler o livro de Dorothy Eaton Watts, Prayer Country [País da Oração]. Ele não somente mudou a minha vida de oração, mas também me guiou em uma jornada inacreditável de escrever um diário. Isso aconteceu quase 16 anos atrás. Por meio de seminários, de diários de oração e conversas individuais, muitas mulheres iniciaram sua jornada. Temos visto muitos milagres por meio de orações respondidas. Mais uma vez algo bom surgiu do que, a princípio, parecia ser algo ruim.

Descobri que o diário de oração, de modo singular, oferece uma oportunidade única de comunicação por meio de orações, além de registrar sua jornada de oração. No início, eu escrevia pedidos de oração no lado direito de cada página do diário e registrava os agradecimentos na esquerda.

Paulo escreveu: “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Fp 4:6, 7). Fazer um diário de oração nos ajuda a relembrar a jornada que Deus já nos ajudou a trilhar. Sou grata a Dorothy Eaton Watts por me incentivar a começar aquela jornada de oração. Não tenho dúvida de que somente no Céu verei os resultados finais dessa experiência.

Claudette Garbutt-Harding