As palavras podem ser curiosas, difíceis, intraduzíveis, bonitas ou feias. Em 2007, uma revista alemã lançou um concurso para eleger a palavra mais bonita do mundo, baseada em sua musicalidade e seu significado. Surpreendentemente, a vencedora foi yakamoz, que significa “reflexo da lua na água”, em turco. Esse é um belo significado. Para expressar esse termo em português, é necessária uma sentença de cinco palavras! Na lista, o vocábulo “saudade” ficou em sexto lugar.

As palavras carregam significados variados e traduzem a forma de viver e pensar de povos e culturas. Usá-las requer muito cuidado e habilidade.

De fato, o que deve nortear nosso julgamento estético em relação às palavras é seu significado e uso. Na Bíblia, esse assunto recebe um destaque especial. O apóstolo Paulo escreveu: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem” (Ef 4:29). Além disso, as Escrituras nos alertam a respeito daquilo que sabemos por experiência: as palavras podem ferir mais do que uma espada afiada, uma vez que “a morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18:21, ARA).

Assim, elas podem levantar ou derrubar, trazer alívio ou culpa, curar ou causar enfermidades. Por isso, Tiago foi enfático ao dizer: “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum! (Tg 1:26). Isso é verdade tanto no contato pessoal quanto no virtual. Quais são suas palavras nas redes?

O que inspira suas palavras? Amor, frustração, ódio, paz? O que você diz provoca um efeito bom ou ruim sobre os outros? Jesus afirmou: “Eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado” (Mt 12:36). Portanto, considere bem o uso das palavras, porque uma coisa é certa: cada pessoa é responsável pelo que diz. Suas palavras importam muito!