Terça-feira
24 de dezembro
O espírito de Natal
Porquanto Deus enviou o Seu filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. João 3:17

O primeiro ministro britânico Winston Churchill costumava lembrar que “o Natal não é uma época somente para celebração, mas especialmente para reflexão”. Charles Spurgeon disse certa vez que essa é uma boa época para pensarmos mais profundamente no Deus “que fez o homem e foi feito homem”.

Há muita beleza ao redor desse dia. Mesmo sabendo que ele não é sagrado nem oficial, mas apenas uma lembrança especial, devemos aproveitar o verdadeiro espírito de Natal.

Provavelmente, os cristãos estivessem mais concentrados na ressurreição de Cristo e, por isso, não preservaram a data de Seu nascimento. Muitos tentaram recuperá-la, mas sem sucesso, até que foi escolhido o dia 25 de dezembro. É possível que sua origem esteja ligada a uma celebração secular, que começou a ser aceita pelo cristianismo a partir do 4o século. Eruditos cristãos do 3o século tinham outra explicação. Acreditavam que o mundo foi criado em 25 de março, e que Jesus foi concebido nessa data, pois Ele é o recomeço de tudo. Contando nove meses a partir do início da gravidez de Maria, Ele teria nascido em 25 de dezembro. Porém, considerando que os pastores estavam no campo e o clima nesta época é muito frio, possivelmente o nascimento do Senhor tenha ocorrido em abril, quando o clima é mais ameno.

Há muita polêmica ao redor da definição de um dia, por isso, concentre seus olhos na celebração. É uma linda oportunidade que deve ser bem aproveitada com a casa e a igreja mais bonitas, as pessoas queridas por perto e momentos especiais de confraternização. Mas não faça disso o centro da comemoração. O verdadeiro espírito de Natal nos convida a olhar para a manjedoura e refletir mais profundamente no momento em que “Deus enviou o Seu filho ao mundo”.

Ellen White tinha a mesma preocupação de aproveitar a celebração sem perder a verdadeira motivação. Quando lhe perguntaram sobre o uso da árvore de Natal, ela aconselhou: “Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação” (O Lar Adventista, p. 482).

Aproveite essa comemoração para fortalecer o verdadeiro espírito de Natal, celebrando o dia em que “o Filho de Deus Se transformou em Filho do Homem para que você seja transformado em filho de Deus” (Marcos De Benedicto). Boas festas!