Sundar Singh foi um missionário cristão indiano, do início do século 20, que pregou o evangelho aos tibetanos, próximo ao Himalaia.

Ele e um colega caminhavam pelas montanhas do Tibete, em uma tarde, quando uma forte tempestade de neve os surpreendeu. Num momento de trégua da tormenta, eles viram um homem caído na neve, uns dez metros abaixo do caminho deles.

Imediatamente, Sundar desceu a ribanceira para ajudar o estranho. Seu colega o reprovou. Disse que os três morreriam congelados na neve. Em vão, o missionário pediu ao colega que o ajudasse. O homem continuou caminhando decidido a salvar a si mesmo.

O bom homem alcançou o pobre desconhecido, gravemente ferido e com uma das pernas quebrada, colocou-o no ombro, cobriu-o com um cobertor e subiu a íngreme e lisa encosta.

Sundar havia caminhado horas sob a neve, carregando a pesada carga, quando avistou uma aldeia. Quase chegando, tropeçou num cadáver congelado. Era aquele que o havia abandonado para salvar a própria vida.

Triste, Sundar seguiu até um abrigo seguro, onde atendeu às necessidades do homem ferido. Ele estava são e salvo. Seu esforço em carregar o desafortunado manteve-o aquecido, salvando não só o outro, mas a si próprio.

Quando um dos discípulos de Sundar Sigh lhe perguntou qual era o fardo mais pesado da vida, ele respondeu: “O fardo mais pesado da vida é tentar carregar apenas a si mesmo.”

Deus nos deu o privilégio de participar em Sua obra aliviando pessoas do peso do pecado. Ele poderia ter escolhido anjos para essa tarefa. Mas, após Ele mesmo Se revestir da forma humana, escolheu a nós, criaturas de paixões idênticas às daqueles que precisam conhecer Suas incomparáveis riquezas.

Nossas dificuldades não são desculpa para ignorarmos nossos irmãos. Ao aliviar o fardo de nosso próximo, mantemo-nos aquecidas no calor divino.

Segundo Paulo, os tesouros de valor incalculável são colocados em vasos terrestres. Por nosso intermédio, a glória divina deve brilhar em meio às trevas do pecado.

O que você tem feito pela salvação do próximo?