Por volta do ano 535 a.C., o profeta Daniel, já bastante idoso, humilhou-se perante Deus durante três semanas inteiras. Ele deixou registrado que não comeu comida saborosa nem se ungiu com óleo, que na época era usado como uma loção para pele.
Ao longo do livro de Daniel, a preocupação do profeta para com seu povo é evidente. No contexto do texto de hoje, a situação daqueles que haviam voltado do exílio para reconstruir Jerusalém e o templo não era boa, pois “os habitantes da região começaram a desanimar o povo de Judá e a atemorizá-lo para que não continuasse a construção. Subornaram oficiais para que se opusessem ao povo e frustrassem o plano deles, durante todo o reinado de Ciro até o reinado de Dario, reis da Pérsia” (Ed 4:4, 5).
É muito difícil quando algo ruim acontece conosco no momento em que tentamos nos reerguer; quando pensamos que tudo terminou, mas, logo em seguida, uma nova situação de prova nos leva ao desespero.
Daniel sentiu isso por três semanas, até que o anjo Gabriel o visitou e disse: “Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e se humilhar diante do seu Deus, as suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas. Mas o príncipe do reino da Pérsia resistiu a mim durante vinte e um dias. Então, Miguel, um dos príncipes supremos, veio em minha ajuda, pois eu fui impedido de continuar ali com os reis da Pérsia” (Dn 10:12, 13).
As palavras de Gabriel me recordam um texto especial de Ellen G. White: “Se nossos olhos se abrissem, veríamos ao nosso redor os anjos maus procurando inventar alguma nova maneira de nos prejudicar e nos destruir. Também veríamos anjos de Deus guardando-nos do poder daqueles; pois os olhos vigilantes de Deus estão sempre sobre Israel, para o seu bem. E Ele protegerá e salvará Seu povo, se este Nele puser sua confiança” (Primeiros Escritos, p. 75 [60]).
Jamais se esqueça de que vivemos em meio a um conflito de proporções cósmicas. Seja vigilante e ponha sua confiança em Deus, e Ele o susterá na luta!