Terça-feira
29 de agosto
O HINO DA LIBERTAÇÃO
O Senhor é a minha força e a minha canção; Ele é a minha salvação! Êxodo 15:2

Depois de Israel passar longas décadas servindo como escravo nas mãos dos egípcios, Deus levantou Moisés como libertador do Seu povo. Ao lado do seu irmão Arão, Moisés realizou grandes prodígios, apelando a faraó para que deixasse o povo ir. Porém, à medida que o tempo passava, o coração do líder egípcio endurecia cada vez mais. A estratégia divina foi, então, enviar dez pragas como agentes de libertação. 

Cada uma das pragas do Egito foi uma afronta do Deus verdadeiro às divindades pagãs. Ao transformar água em sangue, por exemplo, o Senhor desafiou o deus do Nilo, chamado Hapi, e demonstrou que ele não passava de uma divindade menor e derrotada. A quinta praga, por sua vez, referente à peste dos animais, comprova que Jeová é mais poderoso que os deuses egípcios identificados com touros, vacas, carneiros e outros animais. 

Nessa batalha de reinos e poderes, Deus separou Seu povo colocando nele um sinal, o sangue do cordeiro, que preveniu os israelitas de ser destruídos na noite de Páscoa. Após a morte dos primogênitos, Deus libertou o povo de Israel “com mão poderosa e braço forte” (Sl 136:12) e o conduziu ao deserto, a fim de que O adorasse. Era plano do Senhor que, após um tempo de peregrinação, Israel chegasse à Terra Prometida. 

Da mesma forma como Israel foi protegido pelo sinal do sangue nos umbrais das portas (Êx 12:13), o povo de Deus no fim dos tempos será protegido por um selo especial do Céu, que os anjos colocarão na fronte dos escolhidos (Ap 7:3; 14:1). E assim como Israel atravessou o Mar Vermelho e entoou o cântico de Moisés, os salvos também cantarão o hino da vitória quando chegarem à Canaã celestial. 

Ao fazer esse paralelo, o Apocalipse apresenta um detalhe invertido. Nos primeiros versos do capítulo 15, João descreveu a visão do mar de vidro, na qual os vencedores entoam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro antes da descrição das sete pragas. Note que o elemento positivo da redenção antecede o elemento negativo da sentença. Talvez a intenção fosse justamente cantar a vitória antes do fim da batalha! 

Quando Jesus – a nossa salvação – nos liberta, já podemos entoar o cântico da vitória, pois ela é certa. Ele garantiu que seremos “mais que vencedores” (Rm 8:37).